Tecnologia, Saúde e Emprego
O avanço da ciência e a descoberta de novas tecnologias produtivas não podem ser responsabilizados pelo desemprego e pela diminuição de postos de trabalho.
A humanidade sempre se empenhou em encontrar meios para facilitar o trabalho, diminuir o cansaço e permitir uma vida mais livre e feliz.
O esforço para o desenvolvimento da ciência e o acúmulo de conhecimentos nos permitiu inventar desde a roda até o robô, com a finalidade básica de produzir em quantidade suficiente tudo aquilo que necessitamos para uma vida melhor, com um trabalho menos sacrificante.
Uma vitória de poucos
Atualmente, aqueles que conseguem se manter empregados fazem o que antes era feito por três ou quatro trabalhadores. Precisam trabalhar mais, ser mais capacitados, ter mais estudo, abrir mão de férias, fins de semana e, ainda assim, ganhar um salário menor. Para outros que foram excluídos sobrou o subemprego, o desemprego, a exclusão social numa civilização em que a cidadania é conferida pelo sistema apenas àqueles que têm poder de consumo, salário e renda.
Adoecimento e exclusão
A perda da perspectiva de uma vida e um futuro melhores, leva a uma luta desenfreada pela sobrevivência. Essa competição sem recompensas gera estresse, depressão e adoecimento. Mais que isso, deteriora vidas, aumenta a miséria, a violência e desestrutura a sociedade.
A quem serve a ciência?
Em vez de uma distribuição socialmente justa, a tecnologia e o conhecimento produzido por todos enriquece apenas as grandes corporações, que deles se apropriam e desfrutam de forma totalitária. Para a grande maioria da população esse avanço traz mais sofrimento, exclusão social e uma vida mais sacrificada e difícil.
Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente