Tem gente morrendo
Tem gente morrendo de fome e de dor. Tem gente morrendo queimada. Tem gente morrendo de brutalidade. Tem gente morrendo nas enchentes, nos rompimentos de barragens. Tem gente morrendo por abandono. Tem mulheres sendo mortas por feminicídio. Tem negros sendo mortos por preconceito. Tem gente sendo morta por milicianos.
Tem gente morrendo pela Covid-19.
Tem gente que pergunta: “E daí? Morre gente todo dia, não morre?” Tem gente que diz: “se não morrer de Covid-19, vai morrer muito mais gente por uma economia que não anda”.
Brasil, até ontem, tinha 166.758 pessoas mortas e 5.909.026 diagnosticadas com Covid-19, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa. E o número de mortes e de casos estão em alta.
A pandemia se agrava nos Estados Unidos, país mais afetado pelo coronavírus. Na Espanha, a pressão sobre os hospitais continua alta para. Em Portugal, governo decretou estado de emergência proibindo circulação nas ruas entre 23h e 5h nos dias semana. Na Itália, o governo expandiu as zonas de maior restrição e a ocupação dos leitos está no limite.
Na Grande São Paulo o número de internações pela Covid-19 nos hospitais particulares voltou a crescer. O Hospital Sírio-Libanês realizou 120 internações, 30% delas em UTIs (Unidades de Terapia Intensivas). “Nossa média era de 85 a 110 internações. Temos entre 130 e 140 leitos e a ocupação desta semana está próxima a do pico da pandemia em abril”, segundo informe do hospital.
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Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente