“Temos que nos somar aos milhares que estão pedindo a saída deste governo irresponsável, corrupto e miliciano”

Sindicato participa de ato em São Paulo que exige o impeachment de Bolsonaro. Manifestações ocorreram em mais de 300 cidades pelo Brasil e em outras partes do mundo

Foto: Roberto Parizotti

Milhares de brasileiros indignados com a condução desastrosa da economia e da pandemia saíram às ruas em diversas cidades do país, no último sábado, 3, para exigir o fim do governo Bolsonaro. Além do impeachment, os manifestantes pediram por vacinas contra a Covid-19, doença que já tirou a vida de mais de 524 mil pessoas no Brasil, e por auxílio emergencial no valor de R$ 600.

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Assim como no último ato, no dia 19 de junho, os Metalúrgicos do ABC fortaleceram a luta na Avenida Paulista. No carro de som, o secretário-geral do Sindicato, Moisés Selerges, saudou os profissionais da saúde, prestou solidariedade às famílias vitimadas pela Covid-19 e lembrou que, além de pedir a saída de Bolsonaro, também é preciso pedir a saída do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que não coloca os pedidos de impeachment para serem votados e assim se torna cúmplice do governo.

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“Não ficaremos quietos enquanto Bolsonaro estiver em Brasília. O ato é contra este governo negacionista, contra Paulo Guedes e contra Arthur Lira que já recebeu mais de 120 pedidos de impeachment, inclusive o superpedido, e finge que não é com ele. O Lira começa a ser um fiador de tudo o que está acontecendo no país, inclusive das mortes”, declarou. 

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O dirigente analisou que outras forças da sociedade organizada estão se juntando, convencidas de que é preciso urgentemente dar um basta no governo.

“A tendência é crescer cada vez mais e não só por vacinas e auxílio emergencial, a cada dia aparece algo a mais que criminaliza Bolsonaro. Temos que nos somar aos milhares que estão pedindo a saída deste governo irresponsável, corrupto e miliciano”.

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“O Sindicato vai estar presente na luta sempre buscando o melhor para a classe trabalhadora e o melhor para a classe trabalhadora é não ser governada por uma pessoa irresponsável como Bolsonaro e seus milicianos, seja com ou sem farda”, reforçou.

Crime das ‘rachadinhas’

Ontem vieram à tona gravações inéditas de uma ex-cunhada de Bolsonaro que apontam o envolvimento direto do presidente no esquema criminoso de entrega de salários de assessores. As devoluções ilegais ocorreram na época em que ele exerceu mandatos de deputado federal (entre 1991 e 2018).

“Além de tudo isso, agora aparecem as denúncias de ‘rachadinha’, desde a época em que ele era deputado. Motivos não faltam para protestarmos. Também temos que cobrar do judiciário, do Supremo, da PGR (Procuradoria-Geral da República) a investigação para essas denúncias”.

“O que está cada vez mais claro para população é que não dá para um país tão rico como o Brasil ser governado por um picareta. O Sindicato vai fazer o que for necessário para que o Brasil possa voltar a ser feliz, ter emprego, saúde e educação”, finalizou.

No Brasil e no mundo

Em capitais brasileiras do Norte e Nordeste, como Recife e Belém, e cidades no interior de vários estados, como Caucaia (CE) e Ribeirão Preto (SP), manifestantes saíram as ruas na manhã de sábado para pedir o impeachment de Bolsonaro, comida no prato e vacina no braço.

São Paulo
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São Paulo
Foto: Paulo Pinto

Além de atos no Brasil, protestos foram realizados em outros países. Manifestantes foram às praças em Freiburg e Berlim, na Alemanha; Cambridge, na Inglaterra; Genebra, na Suíça; Dublin, capital da Irlanda.

Goiânia
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Porto Alegre
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Belém
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Recife
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Brasília
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