“Temos que pensar o meio ambiente como um todo, em nome das próximas gerações”
No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, o Brasil comemorou resultados positivos em relação à preservação ambiental
Desde que o governo Lula assumiu o comando o país, o Brasil tem avançado nas questões relacionadas à preservação ambiental. Ontem, Dia Mundial do Meio Ambiente, durante cerimônia em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assinaram decretos e comemoram a ampliação da pasta com a criação de novas secretarias, reajuste do orçamento e resultados positivos. O levantamento apresentado destacou ações de combate ao desmatamento e aos incêndios florestais e medidas de desenvolvimento sustentável.
Em relação ao desmatamento, por exemplo, a Amazônia, registrou queda de 40,5% de janeiro a maio de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo informações do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Já o cerrado teve redução na destruição de reserva nativa, de 12,9%, de janeiro a maio de 2024, em relação ao mesmo período de 2023.
O futuro é agora
O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, destacou que os impactos ambientais não estão relacionados somente ao futuro, mas já se fazem presentes, como as evidentes mudanças climáticas que atingem diversas regiões pelo mundo e lembrou a tragédia no Rio Grande do Sul.
“Temos que acelerar para mudar esse tipo de coisa, para garantir um planeta melhor para as próximas gerações. Quando se fala de meio ambiente, não é somente a questão de preservar as florestas, que são importantíssimas, mas também discutir a transição energética, a descarbonização, por exemplo”, frisou.
Meio ambiente como um todo
Moisés ressaltou ainda outros tópicos que permeiam a discussão e estão no radar do Sindicato. “Discutir o meio ambiente é discutir saneamento básico, tratamento de esgoto, acesso à água potável para todos os habitantes do planeta. A questão da água, por exemplo, é estratégica para o meio ambiente, por isso o Sindicato se manifesta muito veementemente contra a privatização da Sabesp. A água não pode se tornar um negócio, a água é um bem da humanidade”.
O dirigente ressaltou ainda a responsabilidade de cada um. “Temos que pensar o meio ambiente como um todo. Desde o nosso ambiente na fábrica, aquilo que produzimos, nossas atitudes sustentáveis em casa, no bairro e na cidade em que moramos. Todos nós temos que contribuir para isso, em nome das próximas gerações. Temos a obrigação de deixar um planeta saudável para nossos filhos e netos”.
Enfrentamento da Emergência Climática
Na cerimônia, realizada em Brasília, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, esclareceu que a pasta trabalha para criação de um Plano Nacional para a adaptação e prevenção de eventos climáticos, como aconteceu no Rio Grande do Sul.
Segundo ela, o ministério estuda como seria possível, de modo jurídico, decretar emergência climática em municípios considerados vulneráveis. Um estudo feito pelo governo federal identificou 1.942 cidades com regiões suscetíveis a deslizamentos, enxurradas e inundações.