Tendências e desafios da mobilidade elétrica

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O Expo Center Norte, em São Paulo, sediou o C-Move – Congresso de Mobilidade e Veículos Elé­tricos, nos últimos dias 5 e 6. O evento contou com a presença de empresas como GWM, BorgWarner, Eletra, JAC Motors e Bate­rias Moura, entre outras. Destacou-se a ausência das montadoras associadas à Anfavea.

A distância das mon­tadoras tradicionais desse evento pode estar rela­cionada à projeção apre­sentada pela Consultoria McKinsey. Segundo o estu­do, no Brasil, carros elétri­cos e de combustão interna terão custos equivalentes a partir de 2028. A análise levou em conta o Custo Total de Propriedade, que abrange todas as despesas relacionadas à aquisição, utilização e manutenção do veículo.

Representantes da ABVE (Associação Bra­sileira de Veículos Elétri­cos) também discutiram o ritmo da eletrificação no mercado interno. Nos pri­meiros oito meses de 2023, foram emplacadas 49.052 unidades de veículos elé­tricos leves no Brasil, repre­sentando um aumento de 76% em relação ao mesmo período de 2022 (27.812), quase atingindo o total do ano anterior (49.245).

O Sindicato dos Meta­lúrgicos do ABC tem sido ativo nessas discussões, apresentando suas iniciati­vas e propostas de políticas públicas, e esteve presente no painel do C-Move que abordou os rumos da nova política automotiva brasi­leira e a eletromobilidade. Nesse contexto, defendeu uma política focada na descarbonização, no estí­mulo à pesquisa, desenvol­vimento e inovação, e no fortalecimento da indústria nacional.

O Sindicato enfatizou a oportunidade histórica de negociar novos inves­timentos para atrair em­presas, de consolidar uma vasta rede de fornecedores locais e, acima de tudo, de promover uma transição justa, criando empregos e promovendo ampla capa­citação profissional.

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