Termina greve na indústria automotiva da África do Sul

Depois de duas semanas, chegou ao fim a greve em todo o país por parte dos trabalhadores nas montadoras, depois que o Sindicato Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos na África do Sul (NUMSA) chegou a um acordo negociado com os empregadores

Trabalhadores comemoram avanços nas negociações entre o sindicato e os patrões na África

O NUMSA, que representa cerca de 70 mil trabalhadores em montadoras, oficinas, concessionárias e componentes, diz que os trabalhadores estão pagando o preço pela crise global da economia capitalista através dos contratos por tempo determinado e lay-offs, enquanto enfrentam o aumento dos custos de bens e serviços básicos.

Sem ser possível chegar a um acordo com os empregadores, após uma prolongada negociação de quatro meses, os trabalhadores entraram em greve em 1º de Setembro.

Segundo o porta-voz nacional do NUMSA, Castro Ngobese, “a greve ocorreu em meio a altos níveis de intimidação, provocação, ameaças de demissões e tortura dos nossos membros”.

Quando o sindicato voltou à mesa de negociação, o NUMSA manteve-se firme em três princípios:

– Não ceder a variação para baixo sobre o acordo da indústria existente,

– O novo acordo não poderia ser menos favorável do que o atual e,

– A negociação teria garantias de que os aumentos salariais seriam alcançados.

Durante a negociação, as partes também concordaram em dar concretamente os primeiros passos para estabelecer um fórum de política industrial para lidar com a viabilidade futura e a sustentabilidade da indústria automotiva.

Da CNM/CUT (Valter Bittencourt)