Termina greve na Vale no Canadá
Trabalhadores conquistam aumento de salários e melhores bônus e plano de pensão
A greve de quase um ano nas operações de níquel da Vale no Canadá – a Inco – chegou ao fim na última sexta-feira (8), com a aprovação dos novos acordos coletivos acertados com a United Steelworkers (USW), o sindicato que representa os trabalhadores das unidades de Ontário.
A expectativa das duas partes é que os trabalhadores voltem ao trabalho em um prazo de quatro a seis semanas, informou a companhia em nota.
De acordo com a USW, 75% dos trabalhadores de Sudbury votaram a favor do novo contrato, que valerá por cinco anos. Em Port Colborne, o aval foi dado por de 74% dos funcionários.
A empresa e o sindicato já haviam chegado a um entendimento há quase duas semanas, mas somente na sexta-feira o acordo foi colocado em votação para avaliação dos trabalhadores.
O novo convênio coletivo inclui o pagamento de mais de US$ 15 mil por ano dentro do programa de bônus e aumento do salário numa faixa entre US$ 2,25 e US$ 2,5 por hora trabalhada durante os cinco anos do acordo, além de melhorias do plano de pensão, que passa para US$ 41,4 mil por ano, de acordo com o sindicato.
“Nós estamos muito felizes com os resultados da votação de ratificação”, diz, em nota, Tito Martins, diretor da Vale para a área de metais básicos, acrescentando que a empresa espera retomar os níveis normais de produção.
“Estamos contentes que nossos funcionários de produção e manutenção ratificaram estes novos acordos coletivos e aguardamos seu retorno ao trabalho e a retomada das operações normais”, afirmou o chefe das operações da Vale em Ontário, John Pollesel, em comunicado.
A greve começou em julho de 2009, quando 3.000 funcionários protestaram contra propostas de renegociação de contratos coletivos. Estavam em jogo alterações nos planos de aposentadoria e em um bônus atrelado ao preço do níquel.
Da redação com Valor Econômico