Termo de cooperação entre ferramentarias é assinado em Joinville
À esquerda, o diretor de Organização do Sindicato, José Roberto Nogueira da Silva, o Bigodinho. À direita, Christian Dihlmann, presidente da ABINFER, Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais
No último dia 21 de agosto, o diretor de Organização do Sindicato, José Roberto Nogueira da Silva, o Bigodinho, responsável pelo acompanhamento dos Arranjos Produtivos Locais, os APLs, assinou junto a outras 20 entidades, o protocolo de intenções para as ferramentarias do Brasil (saiba mais no quadro abaixo).
O acordo envolve as principais regiões produtoras de ferramentais do País e foi fechado durante a Feira Internacional de Tecnologia, em Joinville (SC).
“Essa ação é importante para o setor ter capacidade de atender às exigências de conteúdo local determinadas pelo novo Regime Automotivo, o Inovar-Auto”, destacou o dirigente.
Segundo ele, o principal desafio das ferramentarias nacionais é reverter o processo de deslocamento das encomendas das montadoras por ferramentais importados.
“Há uma estimativa que a participação internacional no setor cresça dos atuais R$ 5,4 bilhões para R$ 22,5 bilhões até 2017”, explicou.
Para Bigodinho, o que está em jogo é o fortalecimento das ferramentarias para que este volume fique no Brasil e garanta os empregos no setor e na cadeia produtiva.
“O setor tem que investir em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, em softwares, hardwares e profissionais especializados, para suprir a defasagem dos últimos anos, que teve como consequência a perda de competitividade”, afirmou.
“O Inovar-Auto está abrindo esta possibilidade de triplicar as compras de moldes e ferramentais por parte das montadoras e de sistemistas”, lembrou.
O diretor do Sindicato disse que o objetivo principal do acordo é preparar as ferramentarias para atender o mercado automotivo.
“A constituição dos APLs de Ferramentarias e a integração com associações e prefeituras das regiões é um passo para a formação de uma rede nacional para o desenvolvimento do setor de ferramentarias”, finalizou Bigodinho.
Principais ações propostas pelo acordo
• Reduzir a participação de insumos, peças, moldes e ferramentais importados para a produção de veículos, no montante de pelo menos 15% em relação ao ano anterior;
• Criar linhas de financiamento ligadas ao Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) específica para o setor, o Pró-Ferramentaria;
• Apoiar o reconhecimento, pelo governo federal, do projeto apresentado pelo APL de Ferramentaria do ABC, de constituição do Centro de Desenvolvimento Avançado em Ferramentaria do Brasil;
• Implantar unidades do SENAI Inovação para revitalização e formação de mão de obra qualificada;
• Constituir unidades do SEBRAE para revitalização e formação de gestores de ferramentarias;
• Intercâmbio entre fornecedores internacionais de base tecnológica avançada e as ferramentarias nacionais.
Da Redação