Terremoto paralisa montadoras no Japão
O terremoto de 8,8 graus na escala Richter que atingiu o Japão na sexta-feira 11, o pior dos últimos 120 anos, parou a indústria automotiva daquele país. A Toyota suspendeu a produção em quatro plantas e a Nissan em outras cinco. A Honda não divulgou nenhuma informação oficial sobre suas instalações, mas a imprensa internacional noticiou que a montadora também paralisou sua produção em duas unidades.
A Toyota afirmou em comunicado que já na própria sexta-feira algumas linhas de montagem voltaram a funcionar, mas que ainda aguarda informações sobre duas unidades produtivas na região norte do país, a mais afetada pelo terremoto. Uma das plantas, recém construída em Miyagi, fica próxima ao epicentro do terremoto. A montadora acrescentou que ainda está avaliando os impactos na importação dos veículos da marca nos Estados Unidos.
Já a Nissan optou por manter as unidades produtivas paradas até segunda-feira 14. De acordo com a empresa, as plantas de Tochigi e de Iwaki chegaram a ter pequenos focos de incêndio, que foram rapidamente controlados. Dois funcionários sofreram ferimentos leves.
A assessoria de imprensa da Honda no Brasil afirmou que existem dificuldades de comunicação com a matriz e que possivelmente houve danos materiais em duas plantas. A empresa, entretanto, prefere aguardar para manifestar-se oficialmente quando obtiver dados concretos.
O acontecimento poderá impactar as exportações japonesas, que têm os Estados Unidos como maior cliente, com 31,6% de participação nos embarques em 2010 de acordo com dados da Jama, a Anfavea daquele país. A América do Sul foi o destino de apenas 4,4% das exportações de veículos japoneses no ano passado.
Da Autodata