Terror urbano: 8 mortos e 106 ataques em SP

Oito pessoas morreram nos 106 ataques que atingiram 121 alvos no Estado de São Paulo, desde a noite da última terça-feira até ontem no meio da tarde.

A polícia prendeu 8 suspeitos e dois foram mortos. Quinze caixas-eletrônicos foram depredados. Os ônibus foram os principais alvos – 68 incendiados no Estado, sendo 42 na capital. Outros dois foram alvejados.

O sistema de transporte na capital foi prejudicado ontem o dia todo. As empresas não liberaram os veículos com medo de novos ataques.

Em Santos, um menino de dois anos sofreu queimaduras graves depois que uma bomba explodiu no ônibus em que ele estava.

Tarso diz que governo ainda tem disposição de ajudar SP

O ministro das Relações Institucionais Tarso Genro voltou a reafirmar ontem que o Governo Federal tem disposição irrestrita de ajudar São Paulo. “O governo federal não pode basear-se, para propor ações, na palavra de um secretário. O secretário Saulo de Castro está numa situação muito tensa e ele reage de uma forma tensa”, disse ele, após uma palestra em São Paulo.

Na quarta-feira, o secretário paulista vetou a ajuda do governo Lula e não conseguiu explicar os motivos da nova onda de ataques.

Serra mudo – O candidato do PT ao governo de São Paulo, o senador Aloizio Mercadante, responsabilizou a gestão tucana pela crise na segurança pública do Estado. Segundo ele, a onda de violência que voltou a atingir o Estado é resultado da política equivocada adotada nos últimos 12 anos.

O candidato do PSDB, José Serra, limitou-se a dizer que o problema de segurança é do governo federal, enquanto Alckmin continua a apoiar Saulo e dizer que é o governador Lembo quem tem que decidir sobre a ajuda federal.

Já o candidato do PMDB, Orestes Quércia, criticou o modelo de organização do sistema e pediu o fim da Secretária de Administração Penitenciária. “Presídio é função da Secretaria de Segurança”, disse.