Tesla lidera créditos de carbono na China e deve faturar US$ 390 milhões este ano

As montadoras e importadores de automóveis que operam na China são obrigados a fabricar e vender uma determinada proporção de veículos de energia nova, que inclui carros elétricos e híbridos plug-in. As empresas recebem pontos de crédito pela superação da meta, fixada em 12% do volume total de vendas em 2020. A comercialização desses pontos de créditos começou neste ano.

O Ministério da Indústria da China divulgou recentemente dados sobre o número de créditos atribuídos às montadoras em 2020. A Tesla, que fabrica veículos elétricos em Xangai, é a principal receptora dos créditos. A montadora norte-americana atingiu 890 mil pontos, incluindo os ganhos por seu centro de importação e distribuição em Pequim.

O valor da receita que Tesla ganhou com a venda dos créditos não foi divulgado. Mas relatos da mídia chinesa indicam que a empresa pode colher cerca de 2,5 bilhões de yuans (US$ 387 milhões). A LMC Automotive, uma empresa britânica de inteligência de mercado, estima que cada crédito valia em média 3 mil yuans em 2020.

A BYD, potência dos veículos elétricos chineses, ficou em segundo lugar, com 750 mil pontos. Os créditos valeriam cerca de US$ 350 milhões, o equivalente a mais da metade do lucro líquido do ano passado. A SAIC-GM-Wuling Automobile, conhecida por seus carros elétricos de US$ 4,5 mil, ficou em terceiro, com 440 mil pontos.

Do Valor Econômico