Tesla nega que demissões sejam resposta a um movimento sindical

Empresa de Elon Musk afirmou que funcionários foram dispensados por baixo desempenho

A Tesla divulgou um comunicado negando que a recente demissão de dezenas de funcionários de sua fábrica de Buffalo, em Nova York, seja devido à campanha sindical de alguns trabalhadores. De acordo com a companhia de Elon Musk, a acusação é “falsa” e o real motivo para a dispensa foi o baixo desempenho dos colaboradores.

A Tesla demitiu cerca de 27 funcionários e foi acusada de elaborar isto como retaliação pela formação de uma organização sindical. As demissões ocorreram um dia depois que os trabalhadores lançaram uma campanha para formar um sindicato.  Uma reclamação em relação a isto foi apresentada a uma agência governamental. O presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, já se manifestou diversas vezes contra sindicatos.

A empresa automotiva explicou ser padrão a realização de avaliações de desempenho na Tesla. Os funcionários são avaliados numa escala de 1 a 5 e, caso não atendam às expectativas, são demitidos. O processo de revisão ocorre globalmente, inclusive na América do Norte, Europa, China, etc., não estando localizado apenas em Buffalo, destacou a companhia. 

Em entrevista recente à Bloomberg, funcionários da Tesla explicaram que a associação ao sindicato visava melhores salários e segurança no emprego, além de uma redução nas pressões de produção que, segundo eles, são prejudiciais à saúde — alguns revelaram que a Tesla monitora tudo na fábrica, como o tempo que gastam em cada tarefa. Como isso é considerado nas avaliações de desempenho, muitos deixam até de ir ao banheiro para não reduzir a produção.

Do Olhar Digital