Textilcooper completa 5 anos e diversifica produção
Além de mantas e cobertores, cooperativa de Santo André vai produzir roupas.
“Os cinco anos da Textilcooper são uma história de luta bem grande, na qual as pessoas precisaram confiar no trabalho e acreditar que a cooperativa pode dar certo”. A frase da presidente da cooperativa, Loide da Silva Veiga, dá a dimensão entre o que é certeza e o que é esperança que os trabalhadores nas legítimas cooperativas de produção vivem no seu dia-a-dia.
A Textilcooper nasceu em janeiro de 2001 com o fim da produção de cobertores e mantas da antiga Rand, em Santo André, que estava em concordata. Com o apoio do Sindicato, uma parte dos trabalhadores decidiu assumir a fábrica.
Sem frio, venda fraca
Loide conta que até 2003 a cooperativa passou por maus momentos, consequência da falta de experiência do pessoal em administrar o empreendimento e também pelo fato das vendas dependerem de um bom inverno.” Não tivemos frio e vendemos pouco. Em alguns momentos pensamos que a cooperativa não teria jeito”, lembra ela.
Nesses momentos difíceis, a retirada salarial dos cooperados era completa, mas feita por partes durante o mês.
Nova fase é de diversificação
Com o apoio da Unisol, essa situação começou a mudar em 2004, quando a Textilcooper melhorou a gestão administrativa e adequou os produtos ao mercado.
Os cobertores e mantas ganharam novos desenhos e cores, as embalagens foram atualizadas e até mesmo as etiquetas ganharam nova vida.
“Começamos a vender bem desde o início do ano, quando ainda era verão, e em seguida tivemos um inverno rigoroso, mantendo as vendas lá em cima”, relembra Loide.
O ano de 2004 terminou com faturamento dobrado em comparação ao ano anterior.
No ano passado, a falta de frio intenso ajudou a inibir as vendas e os resultados não foram bons. Para reverter essa situação, a Textilcooper decidiu entrar no ramo de confecções. No final de ano passado, a cooperativa instalou um tear circular para poder diversificar a produção. “Estamos desenvolvendo produtos como blusas, vestidos e camisetas, que vendem o ano inteiro”, comentou.
“Temos de acreditar a todo momento. E estamos confiantes”, concluiu.