Thyssen Krupp: CNM-CUT pressiona contra vinda de chineses

Valter Sanches, secretário-geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM-CUT), reuniu-se na Alemanha com o IG Metall (sindicato dos metalúrgicos alemães) e membros de duas das comissões de fábrica da Thyssen Krupp na Alemanha.

Eles discutiram a decisão da empresa de contratar 600 trabalhadores chineses para a construção de uma usina no Rio de Janeiro alegando que não há mão-de-obra brasileira qualificada para este trabalho. Os sindicalistas alemães também representam os trabalhadores no conselho de administração da Thyssen.

No encontro, ficou definido que a multinacional atenderá as exigências da CNM-CUT e dos representantes alemães e demonstrará todas as funções dos estrangeiros. Mesmo assim, a Confederação reafirmou o compromisso de não querer que esta atitude da Thyssen torne-se uma prática comum no País, tirando postos de trabalho dos brasileiros.

“A empresa terá que demonstrar o que esses trabalhadores farão na construção da usina, por quanto tempo ficarão no País e quais as funções pelas quais vierem trabalhar”, disse Sanches.

A CNM-CUT também exige que os sindicatos dos Metalúrgicos e da Construção Civil do Rio de Janeiro tenham acesso ao local das obras para questões de saúde e segurança dos mais de 18 mil trabalhadores envolvidos no projeto.