Tirar a população da miséria
Marinho deu um exemplo claro para justificar sua proposta. Mais de 90% dos trabalhadores no agronegócio, principal exportador brasileiro, não possuem carteira assinada. A situação de informalidade em que se encontram faz que recebam salários muito baixos, não permitindo usufruir da riqueza que produzem.
“Isso é injusto porque o crescimento tem que beneficiar os dois lados: o externo e o interno”, destacou. Ele reconheceu que a falta de investimentos nos últimos 20 anos provocou o chamado gargalo, impossibilitando mandar produtos para fora e, ao mesmo tempo, servir os brasileiros.
É para resolver este problema que o presidente da CUT fez a proposta de um debate nacional reunindo trabalhadores, governo e empresários. “Defendo um acordo para que todos os setores possam se programar a longo prazo e ter condições de fazer os investimentos para nossa economia crescer a taxas de 7% ou mais por ano, que é o mínimo necessário para a população do País sair da pobreza e da miséria”, explicou Marinho.