Todos à Câmara de São Bernardo hoje, às 18h
Todo o trabalhador que se beneficiou das conquistas das últimas campanhas salariais tem de comparecer ao ato hoje. A luta é em defesa de novos avanços e também contra a corrupção e por mudanças na economia.
Dirigentes de categorias importantes no ABC também confirmam conquistas nas campanha salariais durante o governo Lula. Esse é um dos motivos pelo qual participarão do ato de hoje na Câmara de São Bernardo.
Desde 93
“Nosso último aumento real havia sido em 1993. Nos oito anos de FHC só obtivemos a reposição salarial, algumas vezes dividida. Agora, tivemos aumento real no ano passado e neste ano. Nestes dois últimos anos as negociações da campanha salarial e da PLR ficaram menos duras. E as empresas passaram a contratar”.
Francisca Trajano, a Cida, presidente do Sindicato das Costureiras do ABC.
Antes, só reposição
“Nosso Sindicato nasceu há três anos. E conseguimos mudar a tradição dos patrões, que há anos concordavam somente com a reposição da inflação. Conseguimos pequenos aumentos reais e estamos fazendo acordos melhores que os da categoria em São Paulo, que é a maior do Estado. O número de trabalhadores registrados aumentou e acabamos com as cooperativas fraudulentas”.
Waldir Tadeu David, presidente do Sindisaúde ABC
Novo aumento
“Nos oito anos de FHC só tivemos a reposição da inflação e num deles nem a inflação cheia conseguimos. Só em 2004 invertemos essa tendência com 4% de aumento real. Neste ano trabalhamos com a perspectiva de novo aumento. Além de mais empregos nas gráficas, várias empresas do setor estão vindo para o ABC.
Isaias Karrara, presidente do Sindicato dos Gráficos do ABC.
Fim do achatamento
“Com FHC tivemos um processo de achatamento salarial nos bancos públicos para facilitar a privatização. Abonos concedidos para compensar a falta de uma reposição da inflação geraram distorções salariais. Essa situação mudou no governo Lula, quando conseguimos aumento real nos bancos federais. A partir de 2003 conquistamos a unificação das campanhas, reunindo os trabalhadores dos bancos privados e estatais”.
Vagner Castro, presidente do Sindicato dos Bancários do ABC
2 anos de avanços
“Nos dois últimos anos avançamos bastante nos acordos de redução da jornada de trabalho, por conta de contratações e implantação de mais turnos. No ano passado tivemos 2% de aumento real e em acordos específicos o percentual foi bem maior. E as PLRs aumentaram. Outra mudança aconteceu. A boa produção prejudicou o argumento dos patrões, que sempre choram”.
Manoel Souza de Abreu, secretário-geral do Sindicato dos Químicos do ABC.