Toyota e GWM pedem política automotiva que não crie competição desleal

Lideranças das duas marcas defendem que o desenho de legislações priorize o consumidor e a descarbonização, sem assimetrias de mercado

Na disputa entre o melhor caminho para a indústria automotiva no Brasil, muitas vezes, uma montadora ou tecnologia acaba favorecida por políticas públicas. É justamente essa concorrência desleal que o presidente da Toyota, Rafael Chang, e o CCO da GWM, Oswaldo Ramos, querem evitar.

Os executivos falaram a respeito durante o Simpósio SAE Brasil de Veículos Elétricos e Híbridos, que aconteceu na terça, 13, em São Paulo. “Precisamos criar legislações para a indústria automotiva que não gerem assimetrias no mercado”, disse o executivo da fabricante japonesa. Ele se referia à próxima etapa do Rota 2030, conjunto de regras para o setor, que deve ter sua próxima fase anunciada em breve.

Ainda que nenhum dos porta-vozes tenha mencionado, o pedido pode ser uma consequência recente da corrida por incentivos às vendas de carros populares, que gerou um pacote de estímulos à indústria automotiva. O movimento foi liderado por empresas que têm interesse específico nesse nicho de mercado, como a Stellantis.

Ramos, da GWM, faz coro com o executivo da Toyota. “O Brasil tem uma ampla gama de soluções para a descarbonização, algo que interessa ao cliente e à sociedade”, diz. Ele elenca os veículos flex, os modelos híbridos que combinam propulsão elétrica e flex, os carros puramente elétricos e, ainda, para o futuro, a possibilidade dos carros a célula de hidrogênio.

Do Automotive Business