Toyota faz parceria para produzir hidrogênio a partir do etanol no Brasil
Objetivo é a viabilizar a produção de hidrogênio verde em escala industrial para abastecer carros movidos a células de combustível
A Toyota anunciou uma nova e ampla parceria para um projeto de pesquisa e Desenvolvimento (P&D) para viabilizar a produção em larga escala de hidrogênio verde a partir do etanol. A iniciativa é mais uma das medidas em prol da redução de emissão de carbono no Brasil. Esta nova parceria envolve a Shell Brasil, Raízen, Hytron, Universidade de São Paulo (USP), Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) e o Senai CETIQT.
Nesse projeto, a Toyota irá fornecer uma unidade do Toyota Mirai, o primeiro carro da montadora japonesa de série movido à célula de combustível (Fuel Cell Eletric Vehicle). Ele será usado para testes sobre a performance de um veículo movido a hidrogênio. Além do Mirai, o hidrogênio renovável vai abastecer três ônibus que circularão na Cidade Universitária da USP.
Com um investimento de cerca de R$ 50 milhões da Shell Brasil, o projeto de P&D também pretende calcular a pegada de carbono do ciclo ‘campo à roda’, ou seja, mensurar as emissões de CO2 na atmosfera, desde o cultivo da cana até o consumo do hidrogênio pela célula combustível do veículo. Nessa mesma linha de pesquisa, a Shell Brasil, Raízen, Hytron, Universidade de São Paulo (USP) e o SENAI CETIQT já haviam assinaram um acordo de cooperação, em setembro de 2022, para desenvolvimento de plantas de produção de hidrogênio renovável (H2) a partir do etanol.
A parceria tem como foco a validação da tecnologia através da construção de uma planta dimensionada para produzir 4,5 kg/h de hidrogênio e início de operação no primeiro semestre de 2024. A estrutura será instalada no campus da USP, na cidade de São Paulo. O projeto hidrogênio renovável será produzido de forma inovadora com o etanol fornecido pela Raízen e a tecnologia desenvolvida e fabricada pela Hytron, que atualmente pertence ao grupo alemão Neuman & Esser Group (NEA Group), com suporte do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras do SENAI CETIQT, com financiamento da Shell Brasil.
Do InsideEVs