Toyota: Montadoras que só tiverem carro a combustão vão desaparecer
O consumidor não está mais disposto a comprar produtos que não se identifiquem com seus valores. Para cumprir essa demanda é preciso investir em ESG. Essa é a constatação de Viviane Mansi, diretora de sustentabilidade da Toyota do Brasil. Para ela, as montadoras que só tiverem carros a combustão no portfólio vão ficar fora do mercado no futuro, já que as expectativas e exigências da sociedade estão mudando.
Por isso, é preciso que as empresas se mantenham atualizadas para seguir competitivas no mercado e colher os frutos financeiros disso. “É necessário trabalhar o lucro com propósito”, diz Mansi. Segundo a executiva, uma corporação como a Toyota tem uma responsabilidade enorme para com a sociedade e para com o meio ambiente. E não é possível negá-la, apesar da convicção de algumas pessoas de que o ESG não interessa para os negócios.
A meta da Toyota é cumprir seis desafios ambientais até 2050, para reduzir a pegada de carbono e o aquecimento global. Essas demandas foram pautadas pelo Acordo de Paris. “Estamos comprometidos com essas iniciativas, a fim de contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável”, diz Mansi. Os investimentos para cumprir as demandas, segundo a executiva, são altos e, talvez, eles até demorem um pouco para serem quitados. “Mas compromisso é compromisso”, afirma.
Além dos cintos, resíduos produzidos pela montadora, como airbags, tecidos automotivos e uniformes são enviados como matérias-primas para as costureiras. A Toyota doa os resíduos e investe na qualificação do trabalho dessas mulheres, além da compra dos produtos produzidos. Tudo isso, segundo Mansi, auxilia na economia circular. Além disso, o empoderamento feminino, ecologia industrial e consumo consciente também são pautados. “Com ações como essa, é possível aproximar quem cria de quem consome em uma relação transparente, positiva e saudável.”
Da Forbes