Toyota prevê queda de 31% no lucro neste ano fiscal
A montadora Toyota prevê queda de 31% em seu lucro neste ano fiscal. A estimativa leva em conta as consequências do terremoto e do tsunami ocorridos em março, no Japão, e a valorização do iene diante do dólar. A diminuição do lucro deverá acontecer mesmo com a esperada melhora nas vendas no segundo semestre fiscal, quando a produção será ampliada.
Embora a companhia calcule que venderá um total de 7,24 milhões de veículos no ano fiscal que terminará em março de 2012 (queda de menos de 1% em comparação com o ano fiscal anterior), a projeção para o lucro líquido é de apenas 280 bilhões de ienes (US$ 3,5 bilhões), um declínio de 31% em relação aos 408,1 bilhões de ienes registrado no último ano.
Esse será o menor lucro em dois anos e ficará bem abaixo da estimativa de ganho líquido de 426,08 bilhões de ienes baseada em uma pesquisa com 21 analistas. A Toyota também prevê vendas no atual ano fiscal de 18,6 trilhões de ienes, uma queda de 2,1% em relação aos 18,994 trilhões de ienes no ano anterior. O lucro operacional deverá cair 3,6%, para 300 bilhões de ienes, de 468,2 bilhões de ienes.
Excluindo as estimativas para o primeiro semestre do atual ano fiscal, a Toyota prevê que o lucro líquido vai mais do que dobrar para 270 bilhões de ienes no segundo semestre fiscal, de 119,03 bilhões de ienes no mesmo período um ano antes, conforme as vendas aumentarem 19%, de 9,315 trilhões de ienes para 11,1 trilhões de ienes.
A maior montadora do Japão disse acreditar que terá todas as autopeças necessárias para ver uma recuperação total na produção a partir de julho. Nas suas fábricas no exterior, porém, as deficiências vão continuar limitando a produção por algum tempo. A constatação representa uma melhora com relação às perspectivas da Toyota no mês passado.
Em uma entrevista à imprensa em Tóquio, Satoshi Ozawa, diretor-financeiro e vice-presidente-executivo da Toyota, afirmou que a empresa não está preocupada em perder a posição mantida nos últimos três anos de maior montadora do mundo. “Não é importante para nós ser a número um do mundo”, disse Ozawa.
Da Agência Estado