Trabalhador na Ouro Fino conquista redução de jornada

Assembleia nesta quarta aprovou redução de 44 para 42 horas semanais, sem redução de jornada

A partir da última semana de dezembro, os companheiros e companheiras na Ouro Fino, fábricas de peças estampadas para caminhões de Ribeirão Pires, começam a trabalhar duas horas a menos na semana.

Eles conquistaram a redução da jornada, sem redução de salário, de 44 para 42 horas semanais. O acordo foi aprovado nesta quarta-feira, em assembléia.

“É uma proposta interessante e agora vamos lutar pelas 40 horas”, disse Edmiro Dias de Castro, o Miro, do CSE.

Segundo Nelsi Rodrigues, coordenador da Regional Ribeirão Pires, os turnos de trabalho serão remanejados e a redução da jornada será feita com redução da carga diária e o trabalho em sábados alternados. “Jornada menor é sempre mais qualidade de vida e perspectiva de emprego”, salientou.

“Já estou programando de sair mais com meu filho”, festejou o prensista José Antonio dos Santos. “É mais tempo para a família, porque trabalhar todo sábado deixa a gente sem alternativa de lazer”.

Além de um tempo a mais de descanso, a auxiliar de produção Paula de Jesus, destaca maior tempo para o estudo. “É uma exigência do mercado de trabalho. O pessoal está se qualificando e a redução da jornada facilita a formação”, afirmou.

“Vou aproveitar para dedicar outro tempo para a família e para descansar”, comentou Ivam Alves de Souza, ajudante.

Faparmas
Na terça-feira, os trabalhadores na Faparmas, também de Ribeirão aprovaram a forma de como será a jornada menor. Eles conquistaram a redução em setembro passado, também de 44 para 42 horas semanais. Ela cairá uma hora no primeiro semestre e outra hora no segundo e a redução inclui dias pontes.

Até patrão concorda que trabalhar menos faz bem
Os patrões já admitem a que jornada menor de trabalho faz bem às empresas.
Além de condições para que os trabalhadores possam aprimorar o desempenho no serviço, as companhias precisam oferecer mais tempo para eles se dediquem também à vida pessoal.

Segundo estudo da consultoria Hay Group, dos Estados Unidos, a falta de equilíbrio entre a vida profissional e as responsabilidades pessoais dá pouco tempo ao trabalhador se dedicar às questões particulares e é o que mais interfere na produtividade.

Entre os exemplos a serem seguidos no caso, segundo o estudo, estão as primeiras colocadas na lista das empresas mais admiradas, que são a Apple, Google, Berkshire Hathaway, Johnson & Johnson e Amazon.
O estudo ressalta que

Da redação