Trabalhador na Papaiz ganha biblioteca

Projeto Leitura nas Fábricas chega a mais uma fábrica em Diadema

A partir desta terça-feira, trabalhadores e trabalhadoras na Papaiz ganham o mundo da literatura. São eles os novos contemplados com o Leitura nas Fábricas, programa que consiste na instalação de bibliotecas nos locais de trabalho.

Nesta empresa, a biblioteca inaugurada ontem faz parte de um projeto mais amplo, o Ação Cultural, que prevê o estímulo à produção literária dos metalúrgicos.

“Vamos estimular o pessoal não só a ler bem como a produzir, combinado com a promoção de eventos como saraus”, conta Maria da Penha Marques, bibliotecária da fábrica.

Ana Maria Braga do Comitê Sindical e agente de leitura, diz que ganhará novas atividades no seu dia-a-dia. “Agora tenho de ajudar o pessoal na biblioteca e estimular os companheiros a frequentá-la”, descreve.

São cerca de 500 trabalhadores na empresa, além de outros 300 na Gerdau e na Transportadora Veloz, que operam nos galpões da Papaiz.

Região terá outras 25 
O diretor do Livro e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos, anunciou no evento da Papaiz que mais 25 bibliotecas estão garantidas para trabalhadores de outras fábricas.

“Até o final de outubro teremos uma lista definitiva, já que temos mais empresas interessadas que bibliotecas disponíveis”, contou.

Segundo ele, o programa é vitorioso por conta dessa disputa. “Esse interesse crescimento já mostra a importância do programa”, salienta.

O secretário Nacional do Plano do Livro José Castilho Marques disse que 600 pontos de leitura como o inaugurado na Papaiz já funcionam no Brasil. “É o que chamamos de bibliotecas em locais não convencionais, como presídios, barcos, ônibus hospitais e até em borracharia”.

Da Redação