Trabalhadores brasileiros e alemães dão início a redes sindicais binacionais


Foto: Divulgação / CNQ

Trabalhadores dos ramos químico e metalúrgico do Brasil e da Alemanha participaram nesta semana de um debate sobre as redes sindicais nas  multinacionais, que aconteceu na cidade de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo. O projeto foi realizado por uma parceria entre a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a DGB Bildungswerk, central sindical alemã. Na pauta do evento, o diálogo social e a troca de experiências dos empresários brasileiros e alemães.

A Confederação Nacional dos Químicos (CNQ), a Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) e a DGB organizaram, durante os três dias em que duraram os debates – entre terça e quinta-feira (18 e 20) -,  discussões sobre as relações de trabalho com as empresas. O evento teve ainda as presenças de representantes dos empresas Braskem, Henkel, Linde, Thyssenkrupp e Weg, que falaram pelo setor patronal.

Na rede
As entidades projetam novas propostas tanto para a ampliação da participação do trabalhador nas redes sociais como ferramenta para a organização sindical, quanto para o fortalecimento das comissões sindicais de fábrica.

CNQ, CNM e a central alemã prometem desenvolver um projeto conjunto sobre as redes sindicais e organização em local de trabalho em 2013, além de estabelecer novas formas de contribuir para a formação de lideranças nos locais de trabalho. O presidente da CNM, Paulo Cayres, propôs a realização de uma conferência e de um programa de intercâmbio entre os dois países sobretudo para os sindicalistas de empresas alemãs com plantas no Brasil. “A ideia também é unificar as diretrizes sindicais”, explica Cayres.

Para o secretário de relações internacionais da CNQ, Fábio Lins, o evento marcou a fase de cooperação entre trabalhadores dos dois países, e ganha importância num contexto em que a crise mundial põe em risco muitas das conquistas dos trabalhadores, tanto aqui, quanto na Europa. “A oportunidade de fortalecer a organização sindical, criando novas redes sindicais e fortalecendo as já consolidadas, aumenta a organização necessária para a defesa dos empregos e dos direitos nestas multinacionais de capital alemão, evitando que a conta seja paga pelos trabalhadores”, disse.

Da Rede Brasil Atual