Trabalhadores brasileiros voltam a ter cadeira de representação no Comitê Europeu da ZF via CNM/CUT
Após negociações, Sindicato garantiu aumento significativo em relação ao último valor negociado
Através da CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT), trabalhadores e trabalhadoras no Grupo ZF no Brasil retomaram a participação na reunião do Conselho Europeu da empresa, na Alemanha, na primeira semana de novembro. A IndustriALL Global Union e o IG Metall, maior sindicato alemão metalúrgico, referendaram a presença.
“Foi importante vir à Europa para saber não só da situação da ZF, mas conhecer também a realidade de outras fábricas alemãs. Temos sempre que estar atentos ao que acontece com essas empresas para entender e saber agir de maneira mais eficaz no Brasil”, disse o coordenador do CSE na unidade Sorocaba e da rede do Grupo ZF no país, Fábio Rossy, o Fabinho, presente no encontro que reuniu sindicalistas de toda a Europa, além de membros da diretoria da autopeças.
No ABC, o coordenador de São Bernardo e CSE na ZF, Jonas Brito, celebrou a volta da representação brasileira que teve cadeira reservada até 2017. “Essa participação é muito importante para levarmos nossas reivindicações, argumentos, as dificuldades que cada planta tem no Brasil”, explicou o dirigente. “Essa retomada da ida ao Comitê Europeu só foi possível devido à organização da rede sindical no Grupo ZF, para que possamos participar de reuniões em instância maiores e levar as reivindicações dos trabalhadores nas fábricas”.
Além dos questionamentos feitos à diretoria da fábrica, os participantes do encontro assinaram uma carta compromisso em solidariedade com os companheiros e companheiras da ZF na matriz alemã, unificando a luta dos trabalhadores em defesa de empregos e direitos. A ZF produz peças para veículos no Brasil desde a década de 50, quando chegou junto às montadoras no início da expansão da indústria automotiva em território nacional. Hoje a multinacional possui oito unidades no país, todas no estado de São Paulo.