Trabalhadores com deficiência e jovens aprovam plano de lutas na FEM
Reivindicações são forma de fazer avançar o exercício da cidadania para uma sociedade justa.
Foto: Rossana Lana / SMABC
O 6º Congresso da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) da CUT, realizado na semana passada, não aprovou apenas resoluções de âmbito geral como a ampliação da organização no local de trabalho, a luta pelo fim do imposto sindical e do fator previdenciário.
Os delegados e delegadas do Congresso também encaminharam decisões voltadas às mulheres, aos jovens e aos trabalhadores com deficiência, como forma de fazer avançar o pleno exercício da cidadania a caminho de uma sociedade mais justa.
O foco dos jovens é a educação, segundo Max Pinho, coordenador da Comissão dos Jovens Metalúrgicos. Eles teceram pesadas críticas à administração do PSDB no Estado, que relegou a segundo plano a adoção de uma política de valorização da educação.
“Também denunciamos o baixo salário que esse segmento de metalúrgicos recebe e o fato de ser alvo principal da rotatividade da mão de obra”, afirmou.
Já os metalúrgicos com deficiência, relatou Edvaldo Souza Santos, coordenador da Comissão, apontaram que as políticas públicas implantadas ainda se mostraram insuficientes para o cumprimento da legislação da acessibilidade e de contratação.
As resoluções específicas:
Pessoas com deficiência
- Lutar para que as metalúrgicas do Estado cumpram a lei de cota mínima de pessoas com deficiência no quadro de trabalhadores.
- Lutar para a aplicação da lei de acessibilidade.
- Criar programas de qualificação profissional para trabalhadores com deficiência e incluir o tema sobre Pessoas com Deficiência no Programa Estadual de Formação Sindical.
- Lutar pelo fortalecimento do artigo que trata das relações de trabalho e emprego na Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência.
- Incentivar a participação dos trabalhadores nos Conselhos Municipais e Estaduais da Pessoa com Deficiência.
Juventude
- Lutar por uma educação pública, universal gratuita e de qualidade que também garanta uma formação cidadã.
- Garantir nos contratos coletivos de trabalho a subvenção ao estudo em todos os seus níveis de formação.
- Substituir a prestação do serviço militar por prestação de serviços comunitários.
- Estimular a participação dos metalúrgicos nas conferências e conselhos municipais e estaduais da juventude.
Da Redação