Trabalhadores da educação realizam semana de protestos em Brasília

No final do último ano o Congresso aprovou o Plano Nacional de Educação, que tem como uma das metas atingir 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em investimentos no setor. O objetivo só deverá ser atingido em 2020. Isso contraria uma reivindicação histórica do movimento social, que pede 10% há pelo menos 20 anos. Esta e outras propostas são defendidas em Brasília (DF), na Semana de Mobilização pela Educação, que vai até sexta-feira (13).

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão, considera que existe uma defasagem de profissionais no setor educacional por se tratarem de carreiras pouco atrativas.

“Só vamos superar isso com investimento, com perspectiva de uma carreira que atraia os jovens e que permita ao trabalhador desenvolver suas funções com tranquilidade, com tempo para lazer e descanso. Isso pode,  inclusive, ter espaço de tempo para uma agenda cultural e para a leitura de livros.”

A programação inclui reunião com o Ministro da Educação, Fernando Haddad, e Audiência Pública na Câmara dos Deputados. Segundo Leão, a mobilização ganha força no momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) acaba de atestar a validade do Piso Nacional do Magistério, que era questionado por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin). A cobrança será feita durante a Marcha dos Prefeitos, que ocorre nesta quarta-feira (11).

“Vamos pedir aos prefeitos que implementem essa Lei e façam com que ela se torna realidade. E que não fiquem postergando mais  porque é um absurdo. Essa Lei foi aprovada pelo Congresso nacional por unanimidade há dois anos e desde então vem sofrendo uma série de ataques.”

Da Radioagência NP