Trabalhadores do Brasil estão mobilizados hoje em defesa dos empregos e direitos

(Foto: Edu Guimarães)

Os metalúrgicos do ABC participam hoje, às 10h, junto aos trabalhadores de diversas categorias, do Dia Nacional de Mobilização e Luta pelo Emprego e pela Garantia de Direitos.

O ato é organizado em conjunto pela CUT e demais centrais sindi­cais com concentração em frente à Federação das Indústrias do Es­tado de São Paulo, a Fiesp, na Av. Paulista, em São Paulo. Também haverá atos em frente às sedes das principais federações patronais nas capitais do Brasil.

“Todos os metalúrgicos estão convocados para mostrar ao go­verno interino e aos setores do empresariado a nossa capacidade de resistência. Os ataques são con­tra os direitos dos trabalhadores e temos que dar o recado aos pa­trões”, afirmou o secretário-geral do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.

“Não vamos permitir a explora­ção nem retrocessos aos direitos conquistados em luta. É com organização, mobilização e união que vamos superar as dificuldades impostas”, prosseguiu.

(Foto: Edu Guimarães)

Entre as ameaças estão a tercei­rização geral, a precarização das relações de trabalho, a reforma da Previdência com idade mínima para aposentadoria e acabar com a segurança no trabalho com o fim das Normas Regulamentadoras.

O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM-CUT, Paulo Cayres, o Paulão, destacou que esses ata­ques são dos que querem impor retrocessos no País.

“O golpe contra os direitos da classe trabalhadora e a democracia cada vez fica mais escancarado. A agenda dos patrões está na ordem do dia do governo golpista e, se não reagirmos à altura, as conquistas e leis trabalhistas serão dizimadas no Brasil”, alertou.

“Os metalúrgicos da CUT não po­dem se calar. Conquistas e direitos históricos da nossa categoria e da classe trabalhadora são os alvos dos golpistas”, disse. “Defender a democracia é defender o emprego, os direitos, o seu futuro e o de seus filhos. Por isso, neste dia 16 de agosto ocupe as ruas e compareça às manifestações”, continuou.

A mobilização conjunta das cen­trais sindicais foi definida durante a Assembleia Nacional dos Trabalhadores pelo Emprego e Garantia de Direitos no dia 26 de julho, em São Paulo.

Na ocasião, foi aprovado o documento unificado contra o desemprego, a redução de salários e o desmonte das políticas de inclusão social.

Reivindicações das centrais sindicais:

• REDUÇÃO DA TAXA DE JUROS QUE VIABILIZEM A RETOMADA DO CRESCI­MENTO INDUSTRIAL;

•REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO PARA 40 HORAS SEMANAIS; • RETOMADA DO INVESTIMENTO PÚ­BLICO E PRIVADO EM INFRAESTRUTU­RA PRODUTIVA;

• RETOMADA E AMPLIAÇÃO DOS IN­VESTIMENTOS NO SETOR DE ENERGIA, COMO PETRÓLEO, GÁS E FONTES AL­TERNATIVAS RENOVÁVEIS, EM ESPE­CIAL A PETROBRAS;

• DESTRAVAMENTO DO SETOR DE CONSTRUÇÃO, QUE GARANTAM AS ATI­VIDADES PRODUTIVAS E OS EMPRE­GOS NAS EMPRESAS DO SETOR;

• AUMENTO DA PRODUÇÃO E DAS EX­PORTAÇÕES DA INDÚSTRIA DE TRANS­FORMAÇÃO, COM GERAÇÃO DE EM­PREGO;

• POLÍTICA DE FORTALECIMENTO E INOVAÇÃO DA INDÚSTRIA;

• FORTALECIMENTO DO MERCADO IN­TERNO PARA INCREMENTAR A PRODU­ÇÃO, CONSUMO, EMPREGO, RENDA E INCLUSÃO SOCIAL.