Trabalhadores dos correios entram em greve nesta sexta-feira

No ABCD são cerca de 900 funcionários de braços cruzados, o que representa 80% do total da categoria local

Os trabalhadores dos Correios decretaram greve em assembleia realizada na última noite e paralisaram os serviços a partir desta sexta-feira (14/11) em diversos estados. No ABCD mais de 80% dos funcionários aderiram à decisão, o que significa 900 entregadores de braços cruzados nos principais centros de operação de Santo André e São Bernardo – que atendem as demais cidades da Região. 

A Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos) informou que a empresa não irá cumprir alguns acordos firmados com os trabalhadores, entre eles o que estabelece o pagamento da PLR (Participação de Lucros e resultados) relativo ao ano passado.  Os sindicatos filiados, como o de São Paulo, aguardam retorno da empresa e já têm marcada próxima assembleia na segunda-feira (17/11), às 10h, na Capital.

De acordo com o diretor da subsede no ABCD do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, José Luiz de Oliveira, são muitos problemas envolvendo a categoria há meses sem resposta. “A gente luta por melhores condições e tentamos negociar, mas a empresa não formaliza propostas e o que nos resta é parar com os serviços e chamar a atenção para o cumprimento dos nossos direitos”, disse. 

O impasse entre a EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e a  Fentect  já duram alguns meses. Mesmo depois definição da campanha salarial da categoria deste ano, que prevê reajuste salarial e alguns avanços nos benefícios sociais, os trabalhadores lutam para que o acordo firmado no ano passado seja cumprindo. 

De acordo com a Fentect o pagamento da  PLR,  realizado geralmente em maio, não foi pago até hoje. Em nota, o sindicato representante da categoria em São Paulo informou que “em reunião ocorrida em Brasília na última quarta-feira (12/11), a empresa afirmou que não teve a liberação para efetuar o pagamento da PLR e não há prazo para pagar, e ainda foi sugerido diminuir o valor acordado de R$ 600 para R$ 208.” 

A entidade afirma que os Correios não depositaram o vale cultura desde agosto de 2013. Outro problema grave que aflige a categoria é o convênio médico. “Os correios não estão pagando as consultas e exames para as operadoras de saúde e por isso muitas estão suspendendo o atendimento”, declara a nota.

Do ABCD Maior