Trabalhadores e trabalhadoras na Rassini aprovam jornada de trabalho com sábados alternados
Durante assembleia, também foi aprovada disposição de luta para a Campanha Salarial 2024. Data-base da categoria é 1° de setembro
Os trabalhadores e trabalhadoras na Rassini, em São Bernardo, aprovaram em assembleia na última sexta-feira, 12, jornada de trabalho com sábados alternados negociada pelo Sindicato com a empresa. O coordenador do CSE na Rassini, Antônio Elandio Bezerra, o Nando, contou que os companheiros na fábrica estavam, ao longo dos anos, com dificuldade de composição de jornada.
“Por conta da sinistralidade alta, a empresa passou a trabalhar três sábados sim e um de descanso. No último acordo, celebrado de janeiro a julho deste ano, conseguimos avançar para dois sábados trabalhados e um de folga. Agora, mais uma conquista, de agosto até janeiro de 2025, teremos o retorno de um sábado trabalhado e outro de folga, com início no próximo mês”, explicou o dirigente.
Para Nando, o acordo possibilita mais qualidade de vida aos trabalhadores e trabalhadoras na Rassini. “Esse benefício de trabalhar em sábados alternados faz com que o trabalhador não se sacrifique tanto e consiga ficar mais com a família, ter momentos de lazer e com isso eles ganham mais qualidade de vida. Essa conquista é fruto da nossa organização no local de trabalho. A companheirada cobrou o Sindicato e o CSE sempre esteve pautando a empresa para, na hora certa, avançarmos em mais este acordo”.
Campanha Salarial
Durante a assembleia, os trabalhadores e trabalhadoras na Rassini também aprovaram disposição de luta para a Campanha Salarial 2024 em defesa dos direitos da base metalúrgica. Na pauta de reivindicações, já entregue às bancadas patronais a FEM-CUT/SP (Federação Estadual dos Metalúrgicos), estão a reposição da inflação, aumento real, renovação das cláusulas sociais, redução da jornada de trabalho sem redução salarial e a queda da taxa de juros.
“A Campanha Salarial é um momento onde precisamos ter unidade dos trabalhadores e avançar, principalmente, na renovação das cláusulas sociais da Convenção Coletiva na fábrica”, afirmou o coordenador de São Bernardo, Jonas Brito. “Com a manutenção da luta pela estabilidade por doença ocupacional, das causas relacionadas às mulheres, como equiparação salarial, e muito mais”.
Segundo a Federação, a meta é assinar as Convenções Coletivas no mês da data-base, em setembro, para garantir os resultados para a categoria o mais cedo possível. “Por isso, com ajuda dos sindicatos e a união dos metalúrgicos, vamos trabalhar para fechar as negociações até o final de agosto”, disse Jonas. Em dez meses, entre setembro de 2023 e junho de 2024, trabalhadores da base da FEM-CUT tiveram 3,58% de perdas salariais com a inflação. O cálculo realizado pelo Dieese leva em consideração o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).