Trabalhadores estão mobilizados contra a retirada de direitos
(Foto: Edu Guimarães)
Hoje é Dia Nacional de Luta, organizado pela CUT e demais centrais sindicais, contra a retirada de direitos da classe trabalhadora. Os metalúrgicos do ABC estão convocados para participar das mobilizações durante o dia.
“A luta é pela dignidade de cada trabalhador. Não vamos deixar que levem os nossos direitos, empregos e aposentadoria”, defendeu o presidente do Sindicato, Rafael Marques.
“A proposta do governo não é mexer onde gasta muito com o pagamento de mais de R$ 960 bilhões por ano aos banqueiros com juros da dívida pública. Querem jogar a conta do corte de gastos em cima dos trabalhadores”, explicou.
Haverá atos e paralisações de diferentes categorias no País. Em São Paulo, a Apeoesp organiza assembleia na Praça da República a partir das 14h. Às 15h, os movimentos que compõem a Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo estarão no Masp. Em seguida, seguirão em marcha para o ato na Praça da Sé, marcado para 16h30.
Na pauta dos trabalhadores está a luta contra a reforma da previdência que aumenta a idade mínima da aposentadoria; a Proposta de Emenda à Constituição 55, a PEC 55, (antiga 241) que congela por 20 anos os investimentos em serviços públicos essenciais à população, como saúde e educação; a reforma trabalhista e a entrega do petróleo do Pré-Sal a empresas estrangeiras.
A PEC já foi aprovada na Câmara e seguiu para o Senado. Na quarta-feira, dia 9, a proposta foi aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e seguirá para votação em dois turnos no plenário do Senado.
Por que estamos lutando?
Porque somos contra a redução dos direitos trabalhistas, mudanças radicais na aposentadoria e o sucateamento dos serviços públicos que virão com a PEC 55 (antiga 241), que congelará por 20 anos os investimentos em serviços públicos essenciais à população, especialmente nas áreas da saúde e educação.
Saúde
Serviços públicos como o SUS, Saúde da Família, remédio grátis, SAMU, entre outros, serão gravemente afetados por falta de investimento.
Perda de R$ 295,9 bilhões*.
Educação
Na educação a redução seria de R$ 377,7 bilhões*. Faltará dinheiro para construção, manutenção e reforma de escolas e creches e os salários dos professores ficarão congelados.
Programas como Fies, Pronatec, Ciência sem Fronteiras e de alfabetização de jovens e adultos serão suspensos.
Salário Mínimo
Se a PEC 55 (antiga 241) já estivesse valendo, o salário mínimo no país seria de apenas R$ 400.
Nem a metade dos atuais R$ 880 pagos desde 1º de janeiro.
Defesa do emprego
Contra a reforma trabalhista que retira direitos dos trabalhadores desde a CLT, como férias e 13º salário.
Contra a terceirização geral.
Pré-Sal
Patrimônio do povo brasileiro, a maior riqueza natural do País está ameaçada de ser entregue às multinacionais estrangeiras, que estão de olho no nosso petróleo.
O Brasil é dono da terceira maior reserva de óleo leve e gás natural do planeta.
Aposentadoria
Entre as propostas do governo golpista está a instituição da idade mínima de 65 anos para aposentadoria, podendo chegar a 70 anos, independentemente do tempo de contribuição, para homens e mulheres.
Os pobres são os mais prejudicados, pois começam a trabalhar mais cedo.
Da Redação