Trabalhadores gregos entram em greve contra aperto fiscal

Os trabalhadores da Grécia entraram em greve de 24 horas nesta quinta-feira (21/09), paralisando o sistema de transporte público em protesto contra a decisão do governo de intensificar o aperto fiscal para garantir mais empréstimos e evitar a bancarrota do país.

Os sindicatos do transporte público convocaram a greve em protesto pela fusão de diversas empresas do setor e pela demissão ou aposentadoria antecipada de muitos trabalhadores, medidas que fazem parte do plano de economia requerido para que o país siga recebendo ajuda externa e evite a quebra.

Todos os taxistas do país participam da greve, por serem contrários à liberalização da profissão, com o que as licenças serão abertas à livre demanda. A greve de 24 horas, iniciada às 5h locais (23h de Brasília), afeta os turistas, já que estão paralisados o serviço de trens e o metrô que leva ao aeroporto internacional de Atenas.

Além disso, dezenas de voos foram cancelados ou remarcados por uma greve de três horas, entre 12h30 e 15h30, dos controladores aéreos na capital grega, em protesto por cortes salariais. A partir das 13h será a vez de se unirem aos protestos os docentes e estudantes que rejeitam as mudanças previstas no sistema educacional.

Nesta quarta-feira, os principais sindicatos gregos convocaram duas greves gerais de 24 horas, para 5 e 19 de outubro, pelos novos cortes que o Governo imporá para cumprir as exigências da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O Governo anunciou na noite desta quarta-feira um novo pacote de medidas que, entre outros pontos, prevê passar à “reserva” neste ano cerca de 30 mil funcionários públicos e cortar 20% das aposentadorias acima de 1.200 euros.

Do Opera Mundi