Trabalhadores na Adhex aprovam PLR e Sindicato mobiliza base para Campanha Salarial
Valor será pago em duas parcelas: a primeira ainda em agosto e a segunda em março de 2024. Quem ficar sócio até o final deste mês fica isento da contribuição negocial
Em Ribeirão Pires, os trabalhadores na Adhex aprovaram na terça-feira, dia 15, proposta de PLR (Participação dos Lucros e Resultados) negociada entre o Sindicato e a empresa. O valor será pago em duas parcelas: a primeira ainda em agosto e a segunda em março de 2024. Quem ficar sócio dos Metalúrgicos do ABC até o final deste mês fica isento da contribuição negocial.
“Tivemos um avanço de 20% e essa conquista foi devido à luta e ao empenho dos trabalhadores e do Sindicato”, afirmou o coordenador de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos. “Só conseguimos porque um Sindicato forte se faz pelos seus sócios. A sindicalização é sempre o melhor caminho para fortalecer a luta e garantir cada vez mais conquistas”.
Segundo Marquinhos, os direitos não são adquiridos porque o patrão é bonzinho, mas porque houve organização no local de trabalho, unidade e mobilização do conjunto dos trabalhadores. “Do mesmo jeito que a Convenção Coletiva é uma conquista, a PLR também é. E os Metalúrgicos do ABC estão atuantes em Brasília para alavancar a indústria nacional, gerar emprego e renda ao país. Chega de ficarmos reféns de importação, temos que começar a exportar”, alertou.
“A consequência de uma indústria forte é uma PLR forte, uma Campanha Salarial forte. Precisamos que os trabalhadores acompanhem todas as ações dos Metalúrgicos do ABC pela Tribuna, um dos nossos canais de comunicação com a categoria para mantê-la informada e mobilizada para a luta diária na fábrica e em toda a base”, disse.
Data-base
O dirigente lembrou ainda que a FEM-CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) segue em negociação desde o início do mês com as bancadas patronais. A data-base da categoria é 1° de setembro. “Nossos eixos são reposição da inflação, aumento real, valorização dos pisos salariais, valorização das convenções coletivas de trabalho, redução da jornada sem redução de salário e redução dos juros. Apesar de uma negociação difícil, não podemos facilitar em nenhum momento”.
“A Convenção Coletiva é uma das mais admiradas do país e só a temos porque outros trabalhadores lutaram lá trás para garantir os direitos usufruídos por nós hoje. Nesta e nas próximas Campanhas Salariais devemos continuar com esse legado para dar amparo a toda categoria”.
Entre setembro de 2022 e julho de 2023, os metalúrgicos acumularam 3,85% de perdas salariais, conforme o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). A FEM-CUT representa 13 sindicatos e negocia a Campanha Salarial 2023 para cerca de 200 mil trabalhadores metalúrgicos no Estado de São Paulo.