Trabalhadores na Alumbra e FMF aprovam mobilização de Campanha Salarial

Luta é por avanços nas negociações com as bancadas patronais, com cláusulas sociais, reposição da inflação e aumento real

Foto: Nario Barbosa

Os trabalhadores na FMF, em Ribeirão Pires, e na Alumbra, em São Bernardo, aprovaram em assembleias ontem a disposição de luta por avanços na Campanha Salarial.

O coordenador de São Bernardo, Jonas Brito, destacou que 2023 é o ano da retomada. “Todos os anos temos dificuldades, mas este ano entendemos que é chegada a hora de reconquistar o que perdemos nos últimos anos. Para isso, precisamos de uma base mobilizada para que a Federação tenha respaldo para negociar isso na mesa”.

O coordenador de área, Sebastião Gomes de Lima, o Tião, ressaltou que até o momento os representantes patronais estão duvidando da capacidade de mobilização e luta da categoria.

“Estão cozinhando a vontade dos trabalhadores em fogo baixo e não concedem o reajuste que merecemos. Não podemos confundir dissídio com data-base. Dissidio existiu no passado, quando a justiça do trabalho decidia o resultado da negociação salarial. Hoje são necessárias negociações entre representantes dos trabalhadores e patronais. Se isso não acontece, o reajuste não vem. Por isso, a importância da mobilização e de um sindicato forte”.

Foto: Nario Barbosa

A diretora executiva do Sindicato, Andréa Ferreira Sousa, a Nega, destacou a importância da representatividade. “Conquistamos pautas das mulheres na Convenção Coletiva e queremos ampliá-las nessa negociação. Para isso, é fundamental a participação das companheiras nas reuniões com as bancadas patronais”, defendeu. “Além da Campanha Salarial, este é um Sindicato Cidadão que conta com as comissões de cidadania, mulheres, juventude, igualdade racial, pessoa com deficiência. Participem e vamos juntos em defesa de um país melhor para todos e todas”, chamou.

FMF

Foto: Nario Barbosa

Na FMF, o coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, reforçou a importância da unidade para avançar.

“Aquele prédio da Fiesp na Av. Paulista é o sindicato patronal, não discutimos com a empresa, mas com a bancada. Os patrões se reúnem para ficarem mais fortes. E o trabalhador sozinho não consegue nada, temos que estar juntos e mobilizados para manter direitos e avançar. O Sindicato não sou eu, o caminhão ou o prédio, somos todos nós juntos”.

“Se não tiver proposta com Convenção Coletiva e aumento real, vamos começar a parar empresas na base”, afirmou.

Foto: Nario Barbosa

PLR

Na assembleia na FMF, os trabalhadores também aprovaram o acordo de PLR válido por dois anos. A PLR de 2023 será paga em janeiro e abril de 2024. Já a de 2024 será paga em julho e outubro do mesmo ano. Também foi aprovada a contribuição negocial, quem ficar sócio até o próximo dia 10 está isento.

“Conquistamos um acréscimo considerável na PLR. É importante que fiquem sócios, fortaleçam a luta e usufruam dos benefícios que o Sindicato tem a oferecer. Vale explicar que a contribuição não é o imposto sindical, que era descontado um dia de trabalho no ano e sempre fomos contra. Vivemos das nossas lutas, conquistamos acordos que valem para todos os trabalhadores e nada mais justo que os não sócios também contribuam para essa luta que beneficia todos”.