Trabalhadores na área de logística na Mercedes param contra terceirizações

Os companheiros e companheiras também apoiaram a rejeição da proposta de PDV apresentada pela empresa de 10 salários.

A paralisação foi motivada também porque a direção da fábrica se antecipou às negociações e chamou fornecedores para fazer estudos sobre a viabilidade da terceirização, o que o Sindicato classificou como desrespeitoso.

“A atitude da empresa não foi respeitosa, uma negociação pressupõe achar caminhos. Agora vai depender muito da nossa união, organização e disposição. Precisamos dar uma resposta para a empresa, dizer que nosso emprego não será trocado por 10 salários. Só assim a Mercedes vai começar a perceber que é preciso fazer um debate sério, para pensar de fato o futuro desta fábrica e o futuro dos nossos empregos”, afirmou o diretor executivo do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva.

“Esse é um grande desafio, uma questão bastante complexa, não podemos acelerar a negociação. É preciso fazer todo o mapeamento possível para tentar diminuir o impacto no setor. Não deve ser uma negociação curta, será uma luta árdua, vamos precisar do engajamento de todos para sairmos vitoriosos”, completou o coordenador da representação na Mercedes, Sandro Vitoriano.

Política industrial

“Este Sindicato roda o Brasil e o mundo para discutir política industrial. A indústria no Brasil está acabando, e não é força de expressão. A indústria, além de ter uma cadeia de produção grande, muitos setores da economia dependem dela, como comércio e serviços. O agronegócio não emprega essa multidão que vai ficar desempregada”, reforçou Aroaldo.  

Contrato determinado

Também ontem, os trabalhadores com contrato por prazo determinado pelo período de dois anos, que se encerra no próximo dia 3, participaram de plenária no Sindicato. São 361 pessoas nessas condições.