Trabalhadores na Delga aprovam por unanimidade renovação do banco de horas por dois anos

Em assembleia realizada na última terça-feira, dia 13, os trabalhadores e trabalhadoras da Delga, em Diadema, aprovaram por unanimidade o acordo de renovação do banco de horas, negociado entre o Sindicato e a direção da fábrica. O acordo permanece exatamente igual ao firmado em 2024.

“Essa experiência serviu para os trabalhadores avaliarem o primeiro ano, aprovando agora por mais dois anos. Esse é um instrumento que nos dá também segurança jurídica”, destacou o secretário-geral do Sindicato e trabalhador na empresa, Claudionor Vieira.

O coordenador do CSE, Diego Goulart ressaltou a permanência do texto original.  “É importante frisar que nenhuma vírgula foi alterada nas cláusulas já existentes no acordo que negociamos em 2024, com validade de um ano. Essa já era uma reivindicação dos trabalhadores, pois, na Delga, o banco de horas não era regularizado. O que fizemos em 2024 foi democratizar o acesso ao direito, permitindo que todos possam utilizá-lo em caso de emergência, ocasião especial ou até para um momento de lazer com a família”, completou Diego.

Ainda segundo o dirigente, 92% dos trabalhadores utilizaram o banco de horas. Desses, mais de 86% receberão, no dia 5 de julho, o saldo positivo. “O acréscimo do banco de horas é pago no salário. O Comitê Sindical está acompanhando para garantir que a empresa respeite as regras”, acrescentou.

Contratações

Outro ponto destacado durante a assembleia foi o aumento recente nas contratações. “Desde 2013 ou 2014, não víamos tantas contratações na Delga como agora. Entre 2024 e 2025, tivemos cerca de 150 novas admissões na fábrica, com efetivações mensais de novos grupos de trabalhadores. Esse cenário só foi possível graças à política nacional implementada pelo governo federal, ao crescimento econômico e à consequente geração de empregos na região”, reforçou.

 Lula na Delga

Claudionor lembrou que a situação era bem diferente quando Lula visitou a Delga em outubro de 2021. Na ocasião, ele conversou com os trabalhadores e trabalhadoras no chão de fábrica e visitou as instalações da empresa. “O país vivia um momento delicado, a taxa de desemprego estava muito alta, 14 milhões de pessoas desempregadas. Hoje a realidade é outra, com quase pleno emprego, o que nos permite olhar para frente e saber que as pessoas têm renda e podem viver de forma digna. Vivemos um momento importante com geração de emprego e mercado de trabalho aquecido”.

Campanha salarial

Também durante a assembleia, o dirigente lembrou a companheirada que o período de Campanha Salarial se aproxima e frisou que será necessário união e mobilização da categoria.  “Logo começaremos a discutir a Campanha Salarial, que é sempre um grande desafio, vamos precisar da mobilização de todos e todas para conquistarmos um bom acordo”.