Trabalhadores na Delga, Movent e ZF estão mobilizados para o 2º turno e para a luta contra os juros abusivos
Na próxima semana, dias 25 e 26, a categoria elege o presidente, o Conselho da Executiva da Direção e o Conselho Fiscal dos Metalúrgicos do ABC
De olho na retomada do país, o Sindicato realizou assembleias de mobilização pela participação dos trabalhadores no 2º turno das eleições dos Metalúrgicos do ABC, dias 25 e 26, para fortalecer as lutas de interesse da classe trabalhadora. Além do comparecimento nas urnas, os companheiros e as companheiras na Delga e na Movent, em Diadema, e na ZF, em São Bernardo, aprovaram disposição de luta contra a taxa de juros abusiva praticada pelo Banco Central.
Na Delga, a assembleia foi na segunda-feira, dia 17. O secretário-geral dos Metalúrgicos do ABC, Claudionor Vieira, explicou a importância dos encaminhamentos.
“Precisamos desencadear a luta contra a alta de juros do Banco Central para que as empresas voltem a investir na produção e gerem mais empregos. Não podemos continuar com esse presidente do Banco Central jogando contra o Brasil, temos que fazer a luta em defesa dos direitos, dos empregos e por uma taxa de juros justa no país”, defendeu.
“As montadoras e as empresas estão alegando alta taxa de juros para diminuir a produção, o presidente Lula vem cobrando pela redução e criticando a taxa básica de juros, a Selic, a 13,75% a todo momento. Nós temos que ir para as ruas, cobrar e fazer pressão”.
O CSE na Delga, Diego Goulart Santos, reforçou a necessidade da união de todos e todas. “Quando falamos de eleições do Sindicato, falamos em representação no chão de fábrica e em trabalhadores organizados para ter as discussões com a empresa de maneira mais igualitária e poder atravessar qualquer momento”.
“O melhor é continuarmos juntos e organizados, mesmo que às vezes um não concorde com a opinião do outro, o mais importante é o respeito. Não podemos deixar assunto nenhum ser maior do que a fraternidade que temos que ter enquanto classe trabalhadora”.
Movent
Na Movent, a mobilização foi realizada na manhã de ontem. O coordenador da Regional Diadema, Antonio Claudiano da Silva, o Da Lua, ressaltou que o Sindicato segue atento aos problemas internos na fábrica e reforçou a necessidade de unidade dos trabalhadores.
“É muito importante a participação dos trabalhadores no 2º turno para que possamos sair mais fortalecidos da eleição, com o voto de credibilidade dos trabalhadores para fazer as lutas necessárias por direitos, por uma indústria forte que gere empregos e distribua renda”, afirmou.
“Temos lutas importantes por melhores condições de trabalho e de vida dos trabalhadores. E a redução da taxa de juros é uma pauta essencial para isso”.
O CSE na Movent, Ananias Batista Alves Junior, o Juninho, contou que os problemas internos continuam, no refeitório, ambulatório e até na coleta de lixo.
“Estamos enfrentando esses problemas no dia a dia em uma situação muito difícil. Neste momento, temos que demonstrar união para enfrentar os problemas, comparecer em peso nas urnas, assim como foi no 1º turno, para fortalecer cada vez mais o Sindicato”, chamou.
ZF
Na ZF, na tarde de ontem, o coordenador de São Bernardo, Genildo Dias Pereira, o Gaúcho, agradeceu o apoio de todos e todas no 1º turno das eleições e chamou para o 2º turno.
“Reforçamos a importância da participação dos sócios e sócias na votação do 2º turno, que elege o presidente, o Conselho da Executiva da Direção e o Conselho Fiscal. Falamos também de alguns assuntos internos, da conjuntura atual e da importância do CSE, da Cipa e da nossa militância. A companheirada na ZF, como sempre, foi muito receptiva. Juntos somos mais fortes”.
O coordenador do CSE na ZF, José Ribamar Feitosa da Silva, chamou o pessoal para participar do 2º turno, destacou o fortalecimento da democracia e do Sindicato e falou das lutas.
“A preocupação do Sindicato é com os investimentos da planta, com o futuro, o comportamento da indústria nacional e fazer com que a economia cresça. Isso é fundamental para defender os empregos e os nossos direitos”, disse.
“Essencial também foi a aprovação em assembleia da disponibilidade dos trabalhadores de lutar pela diminuição da taxa de juros do país para que as vendas possam aumentar e deslanchar o setor automotivo, com manutenção dos empregos, da renda e para retomar o desenvolvimento do país”, concluiu.