Trabalhadores na Estilocast protestam contra demissões


P
aralisação também quer fim do autoritarismo da direção da empresa

Por uma hora e meia na manhã de ontem, os companheiros e companheiras na Estilocast, fundição em Diadema, se mantiveram de braços cruzados contra a demissão de nove trabalhadores, entre eles Carlos Luciano Correia, o Esquilo, do Comitê Sindical. Tão revoltante quanto as demissões é o fato da empresa querer parcelar os direitos. Quem não aceita a proposta, a resposta do patrão é curta: “Vá na Justiça procurar os seus direitos”.
Para o Sindicato, a empresa disse estar atravessando  um situação difícil mas não pensou duas vezes antes de colocar a conta nas costas do trabalhador. “Se enfrenta algum problema, o caminho civilizado seria a fábrica procurar o Sindicato.
Existem muitas outras alternativas que poderiam ser tomadas antes de uma medida extremada como as demissões”, ponderou José Mourão, o Zé Mourão, diretor do Sindicato.
Segundo ele, o protesto foi também contra as condições de trabalho e contra a relação autoritária de trabalho.”Falta transparência da empresa com os trabalhadores e com o Sindicato”, afirmou o dirigente. Corre a notícia que a fábrica pretende terceirizar um setor e, com isso, outros 26 empregos estariam ameaçados.
Com o protesto, a empresa chamou uma negociação para ontem à tarde, mas o Sindicato adiantou que, sem uma alternativa às demissões, a mobilização continua e a greve não está descartada.