Trabalhadores na Etage e na VGM estão mobilizados na Campanha Salarial
Os Metalúrgicos do ABC têm realizado conversas com os trabalhadores na porta das fábricas para informar sobre o andamento das negociações com as bancadas patronais na Campanha Salarial 2021. Na segunda-feira, 30, foi realizada assembleia na Etage, em São Bernardo. Ontem a conversa ocorreu com os companheiros na VMG, em Ribeirão Pires.
Etage
Durante a assembleia, o coordenador de área Sebastião Gomes de Lima, o Tião, lembrou a alta nos preços da cesta-básica, no gás de cozinha, na conta de luz e nos combustíveis que tem afetado demais a vida dos trabalhadores brasileiros. Ele reforçou a necessidade da busca pelo aumento real para repor as perdas com a inflação.
“O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) deve chegar a 10%, mas quando olhamos os preços, sabemos que 10% ainda está muito longe de repor as perdas que tivermos nesse período. Além do INPC, estamos discutindo a busca de um aumento real, mas há dificuldades e precisamos de muita mobilização para alcançar um bom resultado.

O dirigente também ressaltou a importância de defender a Convenção Coletiva de Trabalho e a indústria nacional. “Nossa convenção tem 49 cláusulas, precisamos fazer a luta para preservá-las e conquistar novas. Uma das nossas lutas é pela defesa da indústria nacional. É preciso gerar renda e emprego na região, não adianta importar peça da China e deixar os trabalhadores aqui desempregados”.
VMG
Na VMG, coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, chamou para a mobilização.
“Vamos atrás de um aumento digno para a categoria, não vamos arredar o pé enquanto não tivermos algo bom. O patrão só começa a ouvir o trabalhador quando as máquinas estão paradas. Vamos mobilizar toda a região e contamos com o trabalhador na VMG para essa luta que não será fácil, todo ano é choradeira e esse ano está ainda pior”.

Na mesma assembleia os trabalhadores aprovaram a PLR negociada pelo Sindicato. O valor será pago em duas parcelas, sendo a primeira em outubro. Quem ficar sócio até o fim do mês que vem não paga taxa negocial. O CSE na fábrica, Paulo Eduardo de Souza, destacou a importância da unidade para garantir a conquista.
“A empresa estava dificultando as negociações e foi só com a unidade dos companheiros e companheiras que conseguimos chegar a um valor que contemplasse a todos. Eu sozinho não vou resolver nada, preciso ter os trabalhadores ao meu lado dando respaldo para a negociação e melhorar as condições de vida aqui na fábrica”.