Trabalhadores na LG aprovam horas extras zero e “Dia do basta!”

A direção da empresa vinha impondo um forte regime de horas extras na empresa, com denúncias dos trabalhadores sobre assédio moral e pressões das chefias para a realização da produção extra

Os trabalhadores na LG Electronics de Taubaté aprovaram, durante assembléia realizada na manhã desta quarta-feira (15)  o fim das horas extras na empresa no mês de abril. A direção da LG vinha impondo um forte regime de horas extras na empresa, com denúncias dos trabalhadores sobre assédio moral e pressões das chefias para a realização da produção extra.

“Essa é uma atitude constante da direção da LG que desrespeita seus trabalhadores e comete práticas anti-sindicais contra os representantes eleitos da categoria”, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, Isaac do Carmo.

Durante a assembléia, também foi aprovada a realização de um dia de mobilização dos trabalhadores na LG, que será chamado de “Dia do Basta!”.

A LG Electronics veio para Taubaté por meio de uma doação de área do povo taubateano, com o compromisso de gerar 7 mil empregos.

Hoje a empresa gera apenas 2.200 empregos, muito abaixo da expectativa, e desrespeita seus trabalhadores com excesso de horas extras e assédio moral.

Além disso, a empresa não cumpre seus compromissos com a categoria e com a Justiça do Trabalho, como o acordo feito em 2007 para implantação do plano de cargos e salários na empresa e que até o momento não foi cumprido pela LG.

Outro ponto abordado na assembléia foi a implantação da “linha branca” da LG na fábrica de Taubaté, para a qual a empresa já afirmou que não haverá contratações e que serão aproveitados os trabalhadores atuais.

“A empresa planeja trazer em setembro o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a inauguração dessa nova fábrica, se aproveitando de sua popularidade para dizer que está investindo na cidade. Vamos alertar o presidente Lula que a direção da LG não está realizando contratações para essa fábrica nova e vem desrespeitando a Justiça e os trabalhadores com péssimas condições de trabalho”, disse o presidente Isaac.

A LG produz hoje celulares, monitores e notebooks e conta com 2200 trabalhadores.

Dos Metalúrgicos de Taubaté