Trabalhadores na Mercedes aprovam negociação para adesão ao PPE
Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT e CSE na Mercedes, durante assembleia com trabalhadores na Mercedes (Foto: Edu Guimarães)
Durante assembleia na Sede na manhã do último sábado, mais de 1.500 trabalhadores na Mercedes, em São Bernardo, aprovaram que o Sindicato negocie o acordo para a adesão ao Programa de Proteção ao Emprego, o PPE.
Os companheiros também manifestaram disposição de luta contra qualquer cenário que inclua demissões na montadora. O secretário-geral da CUT e CSE na Mercedes, Sérgio Nobre, detalhou como a empresa tem se posicionado até o momento e consultou os trabalhadores sobre os encaminhamentos a serem adotados.
“A Mercedes nos comunicou que fará demissões a partir de 1º de setembro e que a alternativa para que isso não aconteça seria recuperar a proposta de acordo anterior, que foi rejeitada pelos trabalhadores”, afirmou o dirigente.
Segundo ele, no entendimento do Sindicato, o PPE não foi rejeitado, até porque, quando a proposta foi apresentada aos trabalhadores na Mercedes no dia 2 de julho, o Programa ainda não existia. “A Medida Provisória só foi instituída pela presidenta Dilma Rousseff em 6 de julho”, lembrou.
O secretário-geral da Central também reforçou que a posição do Sindicato é de que a adesão ao PPE é capaz de resolver a situação vivida pela empresa neste momento de queda na produção.
O PPE permite reduzir a jornada em até 30%, com redução de salário, sendo metade dessa redução financiada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador, o FAT. Ele reduz o custo para a empresa e dá estabilidade ao trabalhador.
“Estamos certos de que a adoção do PPE é suficiente. A empresa diz que não. Se a Mercedes insistir em demissões, seja em qual cenário for, vamos fazer toda luta possível para garantir os empregos na fábrica”, concluiu.
Trabalhadores na Rassini e Trefilação União, em São Bernardo, e na Pricol, antiga Melling, em Diadema, foram as primeiras empresas a aprovarem os acordos de PPE na base dos Metalúrgicos do ABC.
Da Redação