Trabalhadores na Mercedes entram em greve por tempo indeterminado
Foto: Adonis Guerra
Em assembleia na manhã de ontem, os trabalhadores na Mercedes, em São Bernardo, aprovaram por unanimidade a greve por tempo indeterminado contra as demissões na montadora.
“Será um processo forte de luta e mobilização até que a empresa revogue a decisão e todos os companheiros voltem a trabalhar”, afirmou o secretário-geral da CUT e CSE na Mercedes, Sérgio Nobre.
Os companheiros começaram a receber telegramas sobre a rescisão do contrato no fim da semana passada. A montadora alega ter excedente de 2 mil trabalhadores e informou ao Sindicato que o Programa de Proteção ao Emprego, o PPE, é insuficiente para a situação atual.
“A empresa não informou quantos já foram demitidos, mas sabemos que é em torno de 1.500 companheiros. A Mercedes insistiu em recuperar a proposta rejeitada pelos trabalhadores em 2 de julho”, contou.
“Nós defendemos que o PPE é a solução. Infelizmente, por intransigência da montadora, não houve acordo”, prosseguiu.
“As demissões estão na contramão das medidas pela retomada do crescimento econômico em todos os setores, inclusive na própria indústria, e é um desastre em todos os sentidos, tanto econômico quanto social. São pessoas e famílias que se desestruturam”, alertou o dirigente.
Companheiros nas montadoras e autopeças da região participaram da assembleia em apoio a luta contra as demissões na Mercedes.
“Para cada demitido aqui, pelo menos mais quatro na cadeia produtiva perdem os empregos. A luta é de todos, com muita unidade para reabrir as negociações e construir uma nova proposta até reverter as demissões”, defendeu.
Haverá nova assembleia hoje, às 5h, para definir os encaminhamentos da luta. Acompanhe mais informações sobre a greve pela Tribuna e no site oficial do Sindicato e no Facebook.
SOLIDARIEDADE DO COMITÊ MUNDIAL DOS TRABALHADORES NA DAIMLER
Wir stehen an der Seite unserer Kolleginnen und Kollegen in Brasilien. Es kann nicht sein, dass 1.500 Familien in eine unsichere Zukunft gezwungen werden. Und es kann auch niemand erwarten, dass die Beschäftigten im Werk akzeptieren, dass die Managementfehler der Vergangenheit auf ihrem Rücken korrigiert werden.
Nós estamos ao lado dos nossos companheiros e companheiras no Brasil. Não é possível que 1.500 famílias sejam forçadas a um futuro incerto. E ninguém pode esperar que os trabalhadores aceitem que os erros de gestão do passado sejam corrigidos jogando a responsabilidade somente nas suas costas.
Leia a íntegra aqui.
Da Redação.