Trabalhadores na Mercedes entram no 3º dia de greve contra as demissões

Trabalhadores na Mercedes entram no 3º dia de greve contra as demissões
Os trabalhadores de todos os turnos na Mercedes, em São Bernardo, participaram de assembleia na manhã de ontem para encaminhar a luta contra as demissões. Hoje a greve entra no terceiro dia com manifestação marcada para 7h.
“Todos os trabalhadores estão na luta juntos para fortalecer o movimento e reverter as demissões. As orientações serão feitas dia a dia até que a empresa volte a negociar”, afirmou o diretor de Comunicação do Sindicato e CSE na Mercedes, Valter Sanches.
O dirigente destacou que toda solidariedade é de grande ajuda e leu a carta de apoio encaminhada pelo Comitê Mundial dos Trabalhadores na Daimler aos companheiros na fábrica do ABC.
“Até agora este apoio repercutiu em 39 meios de comunicação internacionais e é importante para a nossa luta”, contou o dirigente. A nota afirma que ´os erros de gestão não podem ser jogados nas costas dos trabalhadores´.
“Tem companheiros que ainda estão recebendo os telegramas sobre a rescisão no contrato e temos que estar juntos contra essa atrocidade que a empresa está fazendo”, prosseguiu.
O vice-presidente do Sindicato e CSE na Mercedes, Aroaldo Oliveira da Silva, destacou a importância do apoio recebido de diversas categorias, sindicatos e CSEs de empresas. “É o compromisso de cada um fazer a sua parte, dialogar com a sociedade e pressionar a direção a refletir sobre essa decisão. É fazer a luta até cancelar todas as demissões”, defendeu.
“Os trabalhadores já aprovaram as discussões sobre o Programa de Proteção ao Emprego, o PPE. Estamos dispostos a negociar e não vamos aceitar imposições nem demissões sob nenhuma hipótese”, concluiu Aroaldo.
“Faltam três anos para eu me aposentar e recebi o telegrama na sexta. Fico preocupado com o emprego e chateado com a empresa. Trabalho há 24 anos aqui e sempre estive presente nas lutas. A solidariedade com os companheiros é muito importante porque ninguém sabe o dia de amanhã. Não podemos perder a esperança até que a nossa luta dê certo”. Antônio Silvio Estevão, há 24 anos em Motores
“Sempre quis entrar na empresa e agora estão fazendo esse terrorismo. É ser tratado como se não fosse nada. Fiz Senai porque quis e segui carreira porque gosto. Estou na luta junto ao pessoal pelos empregos. Já planejei prestar faculdade de gestão da qualidade no ano que vem para continuar na área e agora acontece isso”. Bárbara Pimentel de Araújo, 2 anos de Senai e 2 anos na Usinagem
“Não teve critério nenhum para os cortes e é muita injustiça com os trabalhadores. Ninguém pode desanimar por ter sido pego de surpresa. Vamos fazer a luta pelos empregos. Estou no último ano da faculdade, tenho dois filhos e valorizo muito o meu emprego. Estava conversando sobre estagiar aqui e agora acontece isso. Vamos lutar para reverter a decisão”. Tarcisio Miranda, há 4 anos na Funilaria 
Da Redação

O diretor de Comunicação do Sindicato, Valter Sanches, durante assembleia na portaria da montadora

Os trabalhadores de todos os turnos na Mercedes, em São Bernardo, participaram de assembleia na manhã de ontem para encaminhar a luta contra as demissões. Hoje a greve entra no terceiro dia com manifestação marcada para 7h.

“Todos os trabalhadores estão na luta juntos para fortalecer o movimento e reverter as demissões. As orientações serão feitas dia a dia até que a empresa volte a negociar”, afirmou o diretor de Comunicação do Sindicato e CSE na Mercedes, Valter Sanches.

O dirigente destacou que toda solidariedade é de grande ajuda e leu a carta de apoio encaminhada pelo Comitê Mundial dos Trabalhadores na Daimler aos companheiros na fábrica do ABC.

“Até agora este apoio repercutiu em 39 meios de comunicação internacionais e é importante para a nossa luta”, contou o dirigente. A nota afirma que ´os erros de gestão não podem ser jogados nas costas dos trabalhadores´.

“Tem companheiros que ainda estão recebendo os telegramas sobre a rescisão no contrato e temos que estar juntos contra essa atrocidade que a empresa está fazendo”, prosseguiu.

O vice-presidente do Sindicato e CSE na Mercedes, Aroaldo Oliveira da Silva, destacou a importância do apoio recebido de diversas categorias, sindicatos e CSEs de empresas. “É o compromisso de cada um fazer a sua parte, dialogar com a sociedade e pressionar a direção a refletir sobre essa decisão. É fazer a luta até cancelar todas as demissões”, defendeu.

“Os trabalhadores já aprovaram as discussões sobre o Programa de Proteção ao Emprego, o PPE. Estamos dispostos a negociar e não vamos aceitar imposições nem demissões sob nenhuma hipótese”, concluiu Aroaldo.

 

QUEM ESTÁ NA LUTA!

“Faltam três anos para eu me aposentar e recebi o telegrama na sexta. Fico preocupado com o emprego e chateado com a empresa. Trabalho há 24 anos aqui e sempre estive presente nas lutas. A solidariedade com os companheiros é muito importante porque ninguém sabe o dia de amanhã. Não podemos perder a esperança até que a nossa luta dê certo”. Antônio Silvio Estevão, há 24 anos em Motores

“Sempre quis entrar na empresa e agora estão fazendo esse terrorismo. É ser tratado como se não fosse nada. Fiz Senai porque quis e segui carreira porque gosto. Estou na luta junto ao pessoal pelos empregos. Já planejei prestar faculdade de gestão da qualidade no ano que vem para continuar na área e agora acontece isso”. Bárbara Pimentel de Araújo, 2 anos de Senai e 2 anos na Usinagem

“Não teve critério nenhum para os cortes e é muita injustiça com os trabalhadores. Ninguém pode desanimar por ter sido pego de surpresa. Vamos fazer a luta pelos empregos. Estou no último ano da faculdade, tenho dois filhos e valorizo muito o meu emprego. Estava conversando sobre estagiar aqui e agora acontece isso. Vamos lutar para reverter a decisão”. Tarcisio Miranda, há 4 anos na Funilaria 

 

Da Redação