Trabalhadores na Mercedes querem sistema de proteção ao emprego


Foto: Amanda Perobelli

O debate sobre a criação de um sistema de proteção ao emprego dos companheiros na Mercedes-Benz, em São Bernardo, foi o tema da plenária que lotou o auditório do terceiro andar da Sede do Sindicato, no último domingo.

O grande comparecimento é explicado porque desde que a fábrica anunciou dez dias de férias coletivas a partir do próximo dia 2 de abril para trabalhadores ligados à produção de caminhões e ônibus, a preocupação em manter os postos de trabalho passou a ser um dos assuntos mais debatidos na planta.

Segundo a montadora, as coletivas vão acontecer para adequar a produção a forte queda nas vendas de veículos que acontece neste começo deste ano. O fato preocupou os trabalhadores, que resolveram fazer um debate para criar alternativas e enfrentar a situação de retração no mercado.

“Foi nossa primeira discussão com os companheiros para recolher sugestões afim de enfrentar esse momento turbulento”, afirmou Moisés Selerges, diretor de Organização do Sindicato.

O dirigente explica que uma série de fatores influenciou na queda das vendas de caminhões, entre eles a antecipação nas vendas dos antigos modelos Euro 3 no final do ano, o que aumentou o preço dos novos modelos Euro 5, a retração de toda a indústria brasileira que ocorreu no final do ano passado e a crise econômica mundial, que diminuiu os investimentos.

“Mostramos esse quadro aos trabalhadores e agora vamos aprofundar o debate no chão de fábrica. Queremos que essa discussão seja prioridade no chão de fábrica e que todos os trabalhadores sugiram idéias para a construção desse sistema de proteção ao emprego”, disse Aroaldo Oliveira, coordenador do CSE na Mercedes.

Da Redação