Trabalhadores na Mercedes recebem solidariedade internacional na luta em defesa dos empregos
Após o anúncio da Mercedes sobre a intenção de demitir 3.600 trabalhadores na planta de São Bernardo e o início do processo de resistência, que começou com paralisação das máquinas na quinta-feira, 8, o Sindicato vêm recebendo manifestações de solidariedade internacional.
Entre elas, manifestaram apoio os companheiros membros da comissão de fábrica da planta da Mercedes em Wurth, na Alemanha, os membros do Comitê Mundial da Mercedes na França, pertencentes à CGT Francesa (Central Geral dos Trabalhadores) e o Grupo de Cooperação Brasil-Alemanha KOBRA, formado por sindicalistas e ativistas sociais de vários setores e dos companheiros argentinos do Smata (Sindicato de Mecánicos y Afines del Transporte Automotor).
O membro do CSE na Mercedes e secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT), Maicon Michel Vasconcelos da Silva, afirmou que a informação sobre as demissões foi vista com indignação e surpresa pelos sindicatos parceiros e pelos membros do Comitê Mundial da Mercedes por todo o mundo.
“Isso por conta da forma como a empresa fez, foi para mídia anunciar as demissões sem antes buscar o Sindicato e tentar negociar uma alternativa, o que não é uma prática da empresa no norte do mundo, na Europa, em outras partes em que a representação dos trabalhadores é tão consolidada como no ABC”.
“A solidariedade que temos recebido de várias partes do mundo é muito importante para demonstrar aos companheiros e companheiras da planta de São Bernardo que eles não estão sozinhos nessa luta, que vários companheiros e companheiras ao redor do mundo estão com eles na resistência por dignidade, por condições de trabalho e por empregos para que possam alimentar suas famílias neste momento de grandes incertezas”.
Após paralisações, os trabalhadores retornaram ontem ao trabalho. Hoje o Sindicato tem uma reunião com a direção da fábrica para iniciar o processo de negociação.