Trabalhadores na Mercedes recebem ‘Tribuna na Mão’ e Sindicato reforça importância da sindicalização
Durante entrega do jornal, Diretoria Executiva explicou que só com organização no local de trabalho é possível garantir os direitos na fábrica
Trabalhadores e trabalhadoras na Mercedes, em São Bernardo, foram recebidos na manhã de ontem pela Direção Executiva do Sindicato que, junto à representação, entregou a #Tribunanamão e conversou sobre a edição do dia com a categoria. Em pauta, o seminário de Transição Energética e Descarbonização, sediado na Sede na última terça-feira, dia 30, com amplo debate envolvendo a classe trabalhadora, especialistas e atores sociais.
O coordenador do CSE (Comitê Sindical de Empresa) na montadora, Amarildo Marques de Souza, destacou a recepção dos companheiros na entrada do turno. “Hoje tivemos a oportunidade de fazer a entrega da Tribuna Metalúrgica em mãos. Um trabalho que já é diário, mas desta vez contou com a participação da Direção Executiva dos Metalúrgicos do ABC. Este compromisso é importante para que todos nunca esqueçam que são bem representados”.
“Percebemos que o trabalhador está disposto a se organizar internamente e assim garantir a representação sindical no local de trabalho. A sindicalização é um dos apoios fundamentais para a conquista de direitos na fábrica e é importante que todos tenham essa consciência. A nossa luta não para”.
Mulheres de luta
A CSE na Mercedes e membro do Coletivo da Juventude Metalúrgica, Priscila Zambelo Rozas, lembrou que a trabalhadora metalúrgica tem uma garra diferenciada, já que a categoria é, em sua maioria, composta por homens.
“Na Mercedes não é diferente. São, em média, 10% de mulheres dentre os sindicalizados. Conquistamos ao longo dos anos direitos que visam melhorar o dia a dia dessas companheiras, como a flexibilidade da licença maternidade, podendo a mãe escolher entre 180 dias corridos ou 120 dias corridos mais 120 dias trabalhando meio período, tornando o retorno da mãe à rotina mais suave, por exemplo”.
“Conquistamos recentemente uma sala de amamentação no ambulatório para as trabalhadoras que optam por guardar o leite materno. Lá elas têm privacidade e mais segurança, porém ainda é necessário conquistar muito mais, como cargos de maior hierarquia. Como um sindicato de tanta relevância e tantas conquistas históricas, lutamos para que a realidade da trabalhadora metalúrgica seja cada vez mais digna e decente”, ressaltou a dirigente.