Ex-trabalhadores na Nakata doam cestas e kits de limpeza para campanha ‘Na Luta Contra A Fome’

Os companheiros que trabalhavam na Nakata, em Diadema, empresa que teve suas atividades encerradas no início deste ano, também demonstraram solidariedade colaborando com a campanha do Sindicato ‘Na Luta Contra A Fome’. As 410 cestas básicas e os 145 kits de produtos de limpeza arrecadados foram entregues na Regional Diadema, na última sexta-feira, 27.

Foto: Adonis Guerra

A campanha dos Metalúrgicos do ABC, encampada por toda a categoria, tem ajudado centenas de famílias na região do ABC que tiveram sua renda diminuída em função da crise econômica agrava pela pandemia do coronavírus.

O coordenador da Regional Diadema, Antonio Claudiano da Silva, o Da Lua, destacou que o gesto de solidariedade dos trabalhadores é uma demonstração de companheirismo e unidade de classe. 

“O pessoal na Nakata sempre atendeu aos chamados do Sindicato. Com essa ação mostram que continuam sendo companheiros de primeira hora. O exemplo é gigantesco”.

A mobilização solidária integra o processo de luta que os companheiros iniciaram em fevereiro deste ano, quando a empresa anunciou a transferência da sua fábrica para Extrema, em Minas Gerais, lembrou o CSE na autopeças, Leonardo da Silva Martins, o Cacique.

“O gesto é muito gratificante, pois demonstra o quanto a solidariedade faz bem. Enquanto Sindicato, entendemos a necessidade de ir à raiz dos problemas. Nosso muito obrigado a todos os trabalhadores que se empenharam nesse processo que irá ajudar muitas famílias. A solidariedade não deve parar!”, ressaltou.

Foto: Adonis Guerra

O também CSE, Manoel Santiago Gomes, o Raposão, reforçou o espírito de solidariedade da companheirada. “Neste momento de pandemia e desgoverno do nosso país, e mesmo com o encerramento das atividades na fábrica, os companheiros atenderam ao chamado do Sindicato, estão de parabéns!”.

 Histórico de luta

No começo de fevereiro deste ano, os trabalhadores na Nakata, foram surpreendidos com a decisão da direção da empresa de deixar São Paulo rumo à Extrema, em Minas Gerais. Após o anúncio, apoiados pelo Sindicato, iniciaram um processo de mobilização para tentar reverter a decisão e preservar os 225 empregos.

Durante as conversar, a direção se mostrou irredutível quanto a deixar Diadema, então os representantes do Sindicato, respaldados pelos trabalhadores, passaram a negociar uma indenização para não deixar a companheirada na mão. A negociação garantiu, além dos valores recebidos, o plano médico e cesta básica para todos por seis meses após o fechamento.