Trabalhadores na Otis e Polistampo estão mobilizados para a Campanha Salarial

Luta na Campanha Salarial é para pressionar os patrões por reposição da inflação e aumento real

Foto: Adonis Guerra

Em assembleias na última sexta-feira, 16, os trabalhadores nas empresas Otis, em São Bernardo, e Polistampo, em Diadema, aprovaram a mobilização para fazer a luta que for necessária para pressionar os patrões contra o parcelamento do INPC. A proposta das bancadas patronais foi rejeitada nas mesas de negociação pelos representantes da FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT).

Foto: Adonis Guerra

“A Campanha Salarial nunca foi tarefa fácil, mas este ano parece que existe um propósito dos patrões de dificultarem ainda mais a nossa vida. A choradeira deles é que não dá para dar aumento para os trabalhadores neste momento difícil. Mas nós não vamos aceitar o parcelamento do índice”, reafirmou o coordenador de São Bernardo e CSE na Otis, Genildo Dias Pereira, o Gaúcho.

O CSE na fábrica, Marcelo Paschoalon, destacou que o INPC de 8,83% ficou muito abaixo do que a categoria esperava. “A verdade é que com esse governo a situação do trabalhador está insustentável e além disso vem essa deflação que o trabalhador não vê, já que quando vai ao mercado, os alimentos estão mais caros que nos meses anteriores. Por isso estamos empenhados na luta”.

“Precisamos sentir que os companheiros no chão de fábrica estão junto com a gente. Os trabalhadores vêm nos procurar para perguntar desse índice, é um sentimento de revolta. Por isso estamos todos mobilizados, o parcelamento é uma afronta”, completou o CSE, Rafael Conti Gomes.

Foto: Adonis Guerra

Polistampo

Na Polistampo, o coordenador da Regional Diadema, Antônio Claudiano da Silva, o Da Lua, pediu para a companheirada ficar atenta à convocação de uma assembleia geral e também às eleições.

Foto: Adonis Guerra

“Caso não tenha uma proposta que contemple, vamos precisar fazer uma grande assembleia da categoria para ter os encaminhamentos. Vamos ter que arrancar, não só o INPC, mas as renovações das convenções coletivas de trabalho e aumento real. E não adianta votar em quem defende patrão e achar que eles vão defender as pautas dos trabalhadores”.

Foto: Adonis Guerra

O coordenador de área da Regional Diadema, Gilberto da Rocha, o Amendoim, lembrou como a falta de política industrial atinge em cheio a região do ABC e os empregos. “O Brasil precisa urgente de políticas para o desenvolvimento da indústria. Está nas nossas mãos a possibilidade de fazer algo para mudar o rumo do país, o voto de qualquer trabalhador tem a mesma importância do voto da pessoa mais rica do Brasil”. 

 “A companheirada está disposta a fazer a luta, pressionar a bancada patronal e ajudar nossos companheiros que sentam na mesa de negociação a atingir o reajuste que pretendemos”, reforçou o CSE, Cícero Gomes de Moura.