Trabalhadores na Ouro Fino aprovam acordo de PLR

Foto: Adonis Guerra

Os trabalhadores na Ouro Fino, em Ribeirão Pires, aprovaram a proposta de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) negociada entre Sindicato e empresa. A assembleia foi realizada no dia 24 e o acordo englobou também o calendário de dias-ponte no final de ano.

O presidente dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges, destacou a importância da organização e da participação dos trabalhadores para manter e avançar nas conquistas. “É importante lembrar que a PLR não existe em todo o país, mas é um ganho que gostaria que se estendesse a todos os trabalhadores, que fazem o lucro das empresas”, afirmou.

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Também ressaltou a necessidade de políticas para que a economia cresça. “Temos como exemplo a alta taxa de juros do Banco Central. Nesse patamar, as empresas não investem, as pessoas não compram, não há produção e a economia não gira”.

Negociação

A primeira parcela da PLR será paga em outubro deste ano e a segunda, em março de 2024. Também foi aprovada a contribuição negocial. Sócios do Sindicato são isentos.

Foto: Adonis Guerra

O CSE Edmiro Dias de Castro, o Miro, contou que a negociação foi complicada. “Tivemos muita dificuldade por conta da queda do faturamento da empresa. Só chegamos a essa proposta devido à organização e ao empenho dos companheiros e companheiras”.

O novo CSE na Ouro Fino, Rodolfo de Castro Silva, agradeceu a votação na eleição deste ano. “Sabemos que já passamos muitas situações, mas estamos aqui para lutar e vencer juntos com os companheiros e companheiras”. 

Foto: Adonis Guerra

Campanha Salarial

O coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, explicou as negociações de Campanha Salarial.

“Tivemos as primeiras rodadas com as bancadas patronais e já estamos com dificuldades na mesa. Teremos reunião da FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) no dia 5 para definir os próximos passos da mobilização”.

Foto: Adonis Guerra

“O patronal tem o sindicato deles porque sabe a diferença de fazer negociação conjunta ou com uma empresa de cada vez. E nós estamos aqui para discutir qualquer situação dos trabalhadores e trabalhadoras. Fiquem sócios e fortaleçam a nossa representação. Os trabalhadores precisam estar unidos e mobilizados para fazer a luta em busca da Convenção Coletiva de Trabalho, da reposição da inflação e do aumento real nos salários”, concluiu.