Trabalhadores na Ouro Fino, Soma e Pró-Sol aprovam luta contra a reforma
Trabalhadores na Ouro Fino. Foto: Adonis Guerra
Os trabalhadores na Soma, Pró-Sol e Ouro Fino, em Ribeirão Pires, aprovaram a disposição de luta contra a reforma da Previdência, com participação na Greve Geral do dia 14 de junho, em assembleias nos dias 8 e 9.
O secretário-geral do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva, convocou todos os trabalhadores e as trabalhadoras para fazer a resistência necessária.
“Não vamos deixar essa reforma da Previdência passar. Vamos dar uma resposta à altura e mostrar que somos contra. Uma decisão como essa que vai mudar a vida e o futuro dos brasileiros não pode ser só do governo e do Congresso”, afirmou.
O diretor executivo dos Metalúrgicos do ABC, Wellington Messias Damasceno, reforçou que não é apenas a idade mínima para se aposentar, de 65 anos homem e 62 anos mulher.
“É muito além disso. O golpe é que a proposta tem um dispositivo para aumentar um ano na idade mínima de aposentadoria caso a expectativa de vida aumente. Se deixar passar, daqui oito anos será 66 anos homem e 63 mulher. Daqui 12 anos poderá ser 67 homem e 64 mulher. O sistema que está proposto é tão cruel que se melhora a situação, o povo não aposenta mais”, alertou.
“Outra perversidade é que o cálculo partirá de 60% do valor para um aumento no tempo mínimo de contribuição, que passaria para 20 anos. Para ter 100% será preciso trabalhar 40 anos se deixarmos a reforma passar”, prosseguiu.
Indústria de futuro
Companheiros na Soma e Pró-Sol. Foto: Adonis Guerra
Na Soma e Pró-Sol, os trabalhadores aprovaram o acordo de Banco de Horas.
O coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, falou nas duas empresas sobre a Campanha de Sindicalização e a necessidade de um Sindicato forte, combativo e propositivo.
Também explicou a importância de debater os temas da indústria, perspectivas e desafios, em Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, e relembrou o seminário organizado pelo Sindicato em abril.
“A iniciativa de realizar o seminário foi do Sindicato por entender que a indústria é responsável por gerar empregos e pagar os melhores salários. Mostramos que é viável ter indústria aqui sem agredir o meio ambiente, com fortalecimento da região e trabalho perto de onde as pessoas moram”, afirmou.
“Revertemos na luta a decisão da Dura Automotive, que sairia de Rio Grande da Serra para o México. Chamo vocês para estar juntos no debate da indústria do futuro. A nossa luta é por direitos e por geração de empregos”, disse.