Trabalhadores na Polistampo aprovam disposição de luta para Campanha Salarial
Metalúrgicos cobram reposição da inflação, aumento real, renovação das cláusulas sociais e redução da jornada de trabalho, sem redução do salário
Em assembleia realizada na tarde de ontem na Polistampo, em Diadema, trabalhadores e trabalhadoras aprovaram a disposição de luta para apoiar as negociações do Sindicato com as bancadas patronais na Campanha Salarial. A busca é pela reposição da inflação, aumento real, renovação das cláusulas sociais e redução da jornada de trabalho, sem redução do salário.
O diretor administrativo do Sindicato, Welington Messias Damasceno, lembrou a companheirada que é preciso cobrar da direção da empresa que o acordo seja firmado durante o período de negociação com as bancadas patronais.
“Este é o primeiro recado: precisamos fechar o acordo na bancada patronal. O segundo tem a ver com a discussão que afeta o bolso de cada um e cada uma: não estamos pedindo nada absurdo, a reposição da inflação, o aumento real que é justo e merecido, porque a companheira tem dado ganho de produtividade para as empresas”.
“É um absurdo que as bancadas patronais não entendam a importância de respeitar o trabalhador e a trabalhadora. Tem muita empresa que bate nas costas do trabalhador, chama de colaborador e colaboradora, mas na hora de colaborar, não quer colaborar. Ainda tem muita empresa e também sindicatos patronais que são arredios à negociação coletiva. É preciso disposição de luta para cobrar a direção da fábrica para que a gente saia com o acordo do grupo patronal”.
Negociação com a empresa
O coordenador da Regional Diadema, Antonio Claudiano, o Da Lua, lembrou que no ano passado o acordo foi conquistado em negociação direta com a empresa, com reajuste de 6,14%.
“Desde o início do mês de junho, estamos conversando com as 13 bancadas patronais que compõem a FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos), não queremos fazer acordo por empresa. Isso porque, a gente fecha aqui com a Polistampo, mas talvez nesta mesma rua tenha companheiro que a empresa onde ele trabalha ainda não concedeu nem o INPC. Sem falar da questão social, que é a Convenção Coletiva. Precisamos fechar acordo com as bancadas”.
Mobilização
O coordenador de área, Gilberto da Rocha, o Amendoim, puxou a mobilização. “É importante que os trabalhadores e as trabalhadoras se mantenham mobilizados para que possamos alcançar nosso objetivo até a data-base com reposição da inflação, aumento real de salário, redução de jornada e redução dos juros. Para que fique clara a importância de ter a representação, de ter um sindicato com responsabilidade”.